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Senhores da guerra, ouro e fome: quem realmente se beneficia da morte econômica do Sudão?

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Publicado em: 3 de novembro de 2025 / Atualizado em: 3 de novembro de 2025 – Autor: Konrad Wolfenstein

Senhores da guerra, ouro e fome: quem realmente se beneficia da morte econômica do Sudão?

Senhores da guerra, ouro e fome: quem realmente lucra com o colapso econômico do Sudão? – Imagem criativa: Xpert.Digital

Inflação de 200%, metade da economia destruída: a brutal realidade do Sudão por trás dos números.

De farol de esperança a “estado falido”: a trágica história do colapso econômico do Sudão.

A ideia de que empresas sudanesas possam buscar expansão para o mercado europeu em meio à devastação atual contrasta com uma realidade dura e trágica. Qualquer discussão sobre estratégias de entrada no mercado, parcerias comerciais ou a “conquista” dos mercados alemães não é apenas prematura, mas também um erro fundamental de avaliação da situação catastrófica em um país cujas estruturas econômicas e sociais foram sistematicamente destruídas. O Sudão não é um mercado difícil — nas circunstâncias atuais, praticamente deixou de ser um mercado.

A guerra civil entre as Forças Armadas Sudanesas (SAF) e as Forças de Apoio Rápido (RSF), que se arrasta desde abril de 2023, desencadeou um colapso econômico total. Os números pintam um quadro distópico: o Produto Interno Bruto (PIB) despencou 42%, a taxa de inflação disparou para 200% e 5,2 milhões de empregos – metade do total de empregos – foram perdidos. O que antes era o coração econômico do país, a capital Cartum, jaz em ruínas após quase dois anos de combates incessantes.

Mas por trás desses números abstratos, esconde-se uma tragédia humanitária de proporções globais. Com mais de 30 milhões de pessoas necessitando de ajuda e 12,9 milhões de deslocados internos, o Sudão enfrenta a maior crise de refugiados do mundo. A fome assola grande parte do país. A economia não só foi fragilizada, como também transformada em uma economia de guerra, onde senhores da guerra financiam seus negócios saqueando recursos como ouro e sufocam qualquer empreendimento civil.

Este artigo, portanto, não é um guia para uma entrada impossível no mercado. Em vez disso, é uma análise contundente do colapso econômico, que esclarece as razões estruturais pelas quais o Sudão deixou de ser, efetivamente, um parceiro comercial. Examina como um futuro promissor foi desperdiçado, como funciona a economia de guerra e por que qualquer esperança de recuperação econômica depende do fim do conflito e de décadas de árdua reconstrução.

Da substância à especulação: por que a realidade econômica sudanesa não permite a expansão europeia?

A questão das oportunidades de expansão para empresas sudanesas nos mercados alemão e europeu esbarra numa verdade incômoda: o Sudão carece atualmente de uma base sólida no setor privado que justifique ou viabilize a expansão internacional dos negócios. A guerra civil que assola o país desde abril de 2023, entre as forças armadas sudanesas e as Forças de Apoio Rápido paramilitares, não só devastou o país fisicamente, como também destruiu toda a infraestrutura empresarial existente. A situação econômica não é apenas difícil — é catastrófica a tal ponto que qualquer discussão sobre estratégias de entrada no mercado europeu se torna absurda.

Os números alarmantes falam por si: o Produto Interno Bruto (PIB) do Sudão despencou de US$ 56,3 bilhões em 2022 para uma estimativa de US$ 32,4 bilhões no final de 2025 – uma perda acumulada de 42% da produção econômica total. A taxa de inflação atingiu o patamar astronômico de 200% em 2024, enquanto, simultaneamente, 5,2 milhões de empregos foram perdidos – metade de toda a população economicamente ativa. Isso não é uma recessão, mas um colapso econômico total. Mais de 30 milhões de pessoas – mais de 60% da população – necessitam de assistência humanitária, 12,9 milhões estão deslocadas e pelo menos 14 regiões sofrem com a fome aguda.

Falar de “indústrias e empresas sudanesas” que poderiam “expandir seus negócios na Europa” nessas circunstâncias é uma distorção fundamental da realidade. Praticamente não restam empresas sudanesas em funcionamento que possam operar além da mera sobrevivência. A produção industrial despencou 70% e a criação de valor agrícola, 49%. Mesmo as poucas grandes corporações que existiam antes da guerra — como o Grupo DAL — cessaram ou realocaram suas operações. A infraestrutura bancária entrou em colapso, as rotas comerciais foram interrompidas e a capital, Cartum, outrora o coração econômico do país, está em ruínas.

Esta análise, portanto, não examina as chances de uma expansão ilusória do Sudão na Europa, mas sim as razões estruturais pelas quais o Sudão não existe efetivamente como um parceiro econômico nas condições atuais – e quais transformações fundamentais seriam necessárias para que se pudesse voltar a pensar em relações comerciais internacionais.

De farol de esperança a zona de guerra: a destruição econômica de um país

A tragédia do Sudão reside não apenas na catástrofe atual, mas também na oportunidade perdida. Ainda em 2019, após a queda do ditador Omar al-Bashir, uma esperança internacional começou a surgir. A Alemanha organizou uma Conferência de Parceria para o Sudão em junho de 2020, na qual parceiros internacionais prometeram um total de US$ 1,8 bilhão para apoiar o processo de transformação. Em 2021, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial concederam alívio da dívida ao Sudão no âmbito da iniciativa HIPC, reduzindo sua dívida externa de US$ 56,6 bilhões para aproximadamente US$ 6 bilhões. Parecia que o Sudão, após décadas de isolamento, poderia se tornar um parceiro estável.

Essas esperanças foram frustradas pelo golpe militar de outubro de 2021, quando o general Abdel Fattah al-Burhan tomou o poder e depôs o governo civil de transição. A ajuda internacional foi congelada e os programas de desenvolvimento foram suspensos. Mas a verdadeira catástrofe começou em abril de 2023, quando a luta pelo poder entre o exército de al-Burhan e as Forças de Apoio Rápido, lideradas pelo general Mohamed Hamdan Dagalo, degenerou em guerra civil.

As consequências econômicas foram devastadoras e sem precedentes em sua velocidade. A produção industrial tradicionalmente se concentrava na região metropolitana de Cartum — precisamente onde os combates mais ferozes ocorreram. Fábricas foram saqueadas, maquinário destruído ou roubado e instalações de produção bombardeadas. A Batalha de Cartum durou quase dois anos e é considerada uma das mais longas e sangrentas já travadas em uma capital africana, com mais de 61.000 mortos somente na região da capital. Somente em março de 2025 o exército conseguiu, em grande parte, expulsar as Forças de Apoio Rápido (RSF) de Cartum, mas a essa altura a cidade já era uma ruína, um mero reflexo de seu antigo esplendor.

A agricultura, que antes da guerra contribuía com cerca de 35% do PIB e empregava 80% da força de trabalho, também sofreu perdas drásticas. A produção de grãos em 2024 caiu 46% em relação a 2023 e 40% em relação à média dos últimos cinco anos. Muitos agricultores não conseguiram cultivar suas terras porque fugiram ou porque as áreas se tornaram campos de batalha. Os preços dos alimentos básicos dispararam — arroz, feijão e açúcar se tornaram inacessíveis em algumas regiões, enquanto o preço da carne mais que dobrou.

O setor aurífero, responsável por aproximadamente 70% das receitas de exportação, foi efetivamente criminalizado. Ambos os lados em conflito — o exército e as Forças de Apoio Rápido (RSF) — assumiram o controle das minas de ouro e utilizam as receitas para financiar a guerra. Estima-se que entre 80% e 85% do ouro sudanês seja contrabandeado para o exterior, principalmente para os Emirados Árabes Unidos. As exportações oficiais de ouro para os Emirados Árabes Unidos, de US$ 750,8 milhões no primeiro semestre de 2025, representam apenas uma fração do volume real de comércio. Essa economia de guerra impede qualquer desenvolvimento econômico ordenado e transformou o Sudão em um Estado falido, onde o crime organizado e as estruturas de senhores da guerra ganharam vantagem.

A relação econômica historicamente desenvolvida entre Alemanha e Sudão já era marginal antes da guerra. O volume de comércio bilateral em 2021 totalizou apenas € 128 milhões. As exportações tradicionais do Sudão para a Alemanha – algodão, goma arábica e gergelim – representavam apenas uma pequena fração do volume de importações alemãs. Em contrapartida, o Sudão importava principalmente máquinas, equipamentos e produtos acabados da Alemanha. Desde o início da guerra, esse comércio, já modesto, praticamente cessou, com as estatísticas do Reino Unido mostrando que mesmo o comércio britânico com o Sudão – embora em baixo nível – consiste agora quase inteiramente em bens humanitários.

Os acontecimentos históricos revelam, portanto, um padrão de oportunidades perdidas: o Sudão certamente possuía potencial econômico após sua independência em 1956, mas o desperdiçou ao longo de décadas de guerra civil, má gestão e sanções internacionais. O breve período de esperança entre 2019 e 2021 foi brutalmente interrompido pela retomada do regime militar e pela guerra. A situação atual representa um ponto historicamente baixo, do qual a recuperação — mesmo no cenário mais otimista — levará décadas.

A anatomia de um colapso: a economia de guerra e seus aproveitadores.

O colapso econômico sudanês segue mecanismos específicos que vão muito além das recessões comuns. Em sua essência, está a transformação de uma economia de mercado – ainda que frágil – em uma economia de guerra controlada por dois atores militares cujo único objetivo econômico é financiar sua máquina de guerra.

As Forças de Apoio Rápido (RSF), sob o comando do General Dagalo, garantiram o controle das lucrativas minas de ouro em Darfur e Kordofan do Norte. Essa milícia paramilitar, originária dos notórios cavaleiros Janjaweed, controla vastas áreas das regiões de mineração de ouro no oeste do país. Estima-se que, somente em 2024, as minas controladas pelas RSF em Darfur extraíram ouro no valor de US$ 860 milhões. A maior parte desse ouro é contrabandeada ilegalmente para os Emirados Árabes Unidos, que, em troca, fornecem armas e munições – um exemplo perfeito da maldição dos recursos naturais que perpetua os conflitos armados.

As forças armadas sudanesas, por sua vez, controlam infraestruturas estratégicas, portos e empresas estatais — na medida em que estas ainda estejam em funcionamento. Porto Sudão, no Mar Vermelho, o porto marítimo mais importante do país, serve como ponto de transbordo para exportações de petróleo e ouro, bem como para importações de armas. Nenhum dos lados em guerra tem interesse em uma economia civil funcional; isso apenas colocaria em risco o controle sobre os recursos e as fontes de receita.

Para a população civil remanescente e as poucas empresas ainda em atividade, essa economia de guerra equivale a uma expropriação de fato. Organizações internacionais relatam saques sistemáticos por ambos os lados, extorsão, prisões arbitrárias e confisco de bens e meios de produção. As pequenas e médias empresas, que constituem a espinha dorsal de qualquer economia funcional, não conseguem operar nessas condições. O Grupo Dal, um dos maiores conglomerados privados do Sudão, com operações na produção de alimentos e em outros setores, interrompeu a produção ou a transferiu para locais mais seguros.

Os indicadores macroeconômicos refletem esse colapso institucional. A taxa de inflação de 200% em 2024 resultou de uma combinação de impressão de dinheiro para financiar guerras, interrupções nas importações e o colapso da libra sudanesa. A taxa de câmbio oficial não tem significado; taxas muito piores são oferecidas no mercado paralelo. Isso torna impossível qualquer cálculo para negócios voltados à importação ou exportação. A moeda não é mais uma reserva de valor, mas meramente um meio de troca que se deprecia rapidamente.

O desemprego atingiu níveis catastróficos, com a perda de 5,2 milhões de postos de trabalho – aproximadamente metade de todos os empregos formais. A situação é particularmente grave nos setores de serviços e indústria, que se concentravam em Cartum e arredores. Muitos trabalhadores fugiram ou não têm mais empregos para os quais possam retornar. A economia informal, que representava mais da metade da produção econômica mesmo antes da guerra, também entrou em colapso em grande parte, já que a mobilidade está restrita e os mercados não funcionam mais.

O sistema bancário – um pré-requisito para qualquer atividade econômica moderna – entrou em colapso. Os caixas eletrônicos não funcionam, as transferências internacionais são praticamente impossíveis e os empréstimos não estão sendo concedidos. Até mesmo transações comerciais simples precisam ser feitas em dinheiro vivo, o que é pouco prático diante da hiperinflação desenfreada e da incerteza. Sanções internacionais, incluindo embargo de armas, proibições de viagens e congelamento de ativos, complicam ainda mais qualquer negócio internacional.

A balança comercial revela o desequilíbrio estrutural: no primeiro semestre de 2025, o Sudão exportou principalmente ouro (US$ 750,8 milhões para os Emirados Árabes Unidos), animais vivos (US$ 159,1 milhões para a Arábia Saudita) e gergelim (US$ 52,6 milhões para o Egito). As importações consistiram principalmente em máquinas da China (US$ 656,5 milhões), alimentos do Egito (US$ 470,7 milhões) e produtos químicos da Índia (US$ 303,6 milhões). Isso demonstra que, mesmo em estado de guerra, o Sudão exporta matérias-primas e importa produtos acabados — um padrão comercial colonial que não oferece base para o desenvolvimento industrial ou para exportações de alto valor agregado.

Os atores nesse sistema são claramente definidos: os militares e as milícias controlam setores lucrativos como o ouro e o petróleo; redes internacionais de contrabando garantem exportações ilegais; os estados vizinhos — especialmente os Emirados Árabes Unidos, o Egito e a Arábia Saudita — lucram como compradores de matérias-primas baratas e fornecedores de armas caras. A sociedade civil e os empresários são vítimas nessa equação, não agentes. Não há indícios de uma classe média empreendedora capaz de conquistar os mercados internacionais.

Um cenário de ruínas em vez de um ambiente de negócios: o status quo em novembro de 2025.

Em novembro de 2025, a situação econômica do Sudão se apresenta como uma catástrofe humanitária e econômica de proporções históricas. O país atravessa a maior crise de deslocamento do mundo e uma das piores fomes da história recente.

Os indicadores quantitativos mais importantes pintam um quadro sombrio: o PIB deverá atingir US$ 32,4 bilhões em 2025 – 42% abaixo do nível pré-guerra de 2022. A inflação oscila entre 118% e 200%, dizimando as poupanças e impossibilitando qualquer cálculo de preços. A renda per capita caiu de US$ 1.147 (2022) para cerca de US$ 624 (2025). Isso coloca o Sudão entre os países mais pobres do mundo.

A dimensão humanitária desafia a imaginação: 30,4 milhões de pessoas – mais da metade da população total estimada em 50 milhões – necessitam de assistência humanitária. Esta é a maior crise humanitária do mundo. 12,9 milhões de pessoas estão deslocadas, incluindo 8,9 milhões de deslocados internos e 4 milhões de refugiados em países vizinhos. O Egito acolheu o maior número de sudaneses (cerca de 1,2 milhão), seguido pelo Chade (1 milhão), Sudão do Sul (1 milhão) e outros países vizinhos.

A situação alimentar é catastrófica: 24,6 milhões de pessoas sofrem de insegurança alimentar aguda e 637 mil pessoas – o maior número em todo o mundo – enfrentam uma fome catastrófica. Uma situação de fome foi oficialmente declarada no campo de refugiados de Zamzam, no norte de Darfur, em agosto de 2024 – a primeira desse tipo em anos. Pelo menos outras 14 regiões estão gravemente ameaçadas pela fome. Mais de um terço das crianças sofre de desnutrição aguda, com a taxa em muitas áreas ultrapassando o limite de 20% que define a fome.

A infraestrutura está destruída em grande parte do país. Em Cartum, a capital econômica e política, que já abrigou mais de 6 milhões de pessoas, bairros inteiros estão em ruínas. Prédios residenciais foram bombardeados, hospitais saqueados e escolas transformadas em bases militares. 31% dos domicílios urbanos foram forçados a se mudar. A malha rodoviária está danificada pelos combates e pontes foram destruídas ou bloqueadas pelos militares. O Aeroporto de Cartum só foi recapturado pelo exército no final de março de 2025, mas ainda não está operacional.

O fornecimento de eletricidade e água deixou de ser confiável na maioria dos centros urbanos. Isso não só perturba a vida cotidiana, como também impossibilita qualquer produção industrial. Os hospitais, quando funcionam, precisam operar com geradores de emergência. O sistema de saúde entrou em colapso: muitas unidades de saúde estão fechadas, saqueadas ou destruídas. Há escassez de medicamentos. Epidemias de cólera e sarampo assolam o país desde 2024; em abril de 2025, quase 60.000 casos de cólera e mais de 1.640 mortes haviam sido registrados.

A infraestrutura educacional também está em ruínas. Escolas e universidades estão fechadas desde o início da guerra ou foram reaproveitadas como abrigos emergenciais para pessoas deslocadas. Toda uma geração de crianças e jovens não está mais recebendo educação. Isso terá consequências a longo prazo para o desenvolvimento do capital humano e dificultará qualquer recuperação econômica.

Para as empresas, esse status quo significa: não há um ambiente de negócios funcional. Não há segurança jurídica, instituições confiáveis ​​ou cumprimento de contratos. Mesmo em regiões menos afetadas pela guerra, como o estado do Mar Vermelho onde fica Porto Sudão, as operações comerciais normais são impossíveis. Embora a cidade portuária esteja sob controle do exército e tenha acolhido muitos refugiados de Cartum, sofre com superpopulação, inflação e insegurança constante. Mesmo aqui, o custo de vida disparou – um quilo de carne custa 26.000 libras sudanesas (US$ 43), aproximadamente o dobro do preço pré-guerra.

Os desafios mais prementes podem ser resumidos da seguinte forma: Primeiro, a salvaguarda imediata da sobrevivência de milhões de pessoas ameaçadas pela fome, doenças e violência. Segundo, o fim das hostilidades e um cessar-fogo sustentável — para o qual não há, atualmente, qualquer sinal. Terceiro, a restauração gradual das funções e infraestruturas básicas do Estado. Quarto, a transformação econômica a longo prazo, que implicaria uma transição de uma economia de guerra e da dependência de matérias-primas para uma atividade econômica diversificada e produtiva. Existe um abismo entre a situação atual e esse objetivo a longo prazo, um abismo que nenhum conceito de marketing, por mais ambicioso que seja, consegue transpor.

 

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Da goma arábica ao ouro: por que o Sudão está fracassando no mercado europeu.

A ilusão da expansão: por que as empresas sudanesas não conseguem entrar na Europa.

Uma avaliação sóbria de quais indústrias e empresas sudanesas poderiam buscar expandir seus negócios para a Alemanha e a Europa leva a uma resposta clara: nenhuma. A ideia de que empresas sudanesas poderiam usar a Alemanha como um "ponto de partida para conquistar os mercados alemão e europeu" na situação atual é totalmente infundada. Não existem empresas sudanesas em funcionamento com capacidade de exportação, nem elas seriam capazes de atender aos complexos requisitos regulatórios, logísticos e de capital necessários para entrar no mercado europeu.

Vamos considerar os setores teoricamente mais interessantes. A goma arábica seria tradicionalmente um produto de exportação com alto potencial. O Sudão produz cerca de 70 a 80% da goma arábica mundial, utilizada na indústria de alimentos e bebidas. No entanto, a produção despencou desde o início da guerra e é controlada por facções rivais. As cadeias de suprimentos estão interrompidas, os controles de qualidade deixaram de existir e o processamento — quando ocorre — é realizado em condições extremamente rudimentares. A entrada no mercado europeu de alimentos, altamente regulamentado e que exige certificações rigorosas e rastreabilidade, é simplesmente impossível.

A situação é semelhante com o gergelim, onde o Sudão foi historicamente um dos maiores exportadores, respondendo por 40% da produção africana. No entanto, as regiões produtoras de gergelim estão localizadas em zonas de guerra, a colheita diminuiu drasticamente e as poucas exportações existentes destinam-se à China, ao Japão e a países vizinhos, não à Europa. A criação de valor limita-se à exportação da matéria-prima; não há processamento, nem marca, nem diferenciação de produto. Uma empresa sudanesa que deseje comercializar produtos de gergelim na Europa teria de competir com fornecedores já estabelecidos da Índia, Myanmar e América Latina — uma tarefa impossível para um produtor devastado pela guerra, sem capital, tecnologia e acesso ao mercado.

O setor aurífero é o único que ainda gera volumes significativos de exportação, mas isso ocorre ilegalmente e financia guerras. Comerciantes de ouro sudaneses que desejassem exportar para a Europa enfrentariam imediatamente sanções internacionais e regulamentações contra lavagem de dinheiro. O Processo de Kimberley e mecanismos de certificação semelhantes para minerais de conflito impediriam qualquer comércio. Mesmo que fosse possível exportar ouro "limpo", a concorrência de refinarias de ouro estabelecidas na Suíça, Alemanha e Reino Unido seria esmagadora.

A pecuária é outro setor tradicional com potencial teórico – o Sudão possui um dos maiores rebanhos da África, e as exportações de animais vivos representam uma parcela significativa de suas receitas de exportação, principalmente para países árabes. No entanto, a exportação de animais vivos para a Europa é altamente regulamentada e cada vez mais controversa devido a preocupações com o bem-estar animal e a medicina veterinária. Mesmo que os exportadores sudaneses conseguissem atender aos padrões europeus, seria um negócio de baixa margem de lucro e com consideráveis ​​obstáculos logísticos. Produtos cárneos processados ​​do Sudão, que permitiriam margens de lucro mais elevadas, estão atualmente fora de questão, visto que a infraestrutura de processamento está destruída e os padrões de higiene não podem ser mantidos.

As poucas grandes empresas que ainda restam no Sudão – como o Banco de Cartum, a Sudan Telecom e as empresas petrolíferas estatais – operam, quando operam, apenas no mercado interno e lutam para sobreviver. Essas empresas não possuem os recursos nem o foco estratégico necessários para a expansão internacional. A maioria delas também é estatal e está sujeita a sanções internacionais ou, pelo menos, a uma análise de crédito mais rigorosa por parte dos bancos ocidentais.

As pequenas e médias empresas (PMEs), que constituem a espinha dorsal da economia e impulsionam a inovação nos negócios de exportação em muitos países em desenvolvimento, existem atualmente apenas de forma rudimentar no Sudão. Durante a guerra, centenas de microempresas surgiram, produzindo bens de primeira necessidade, como laticínios, materiais de embalagem e detergentes. No entanto, esses negócios são voltados para os mercados locais, muitas vezes utilizam tecnologias rudimentares, possuem recursos extremamente limitados e carecem de experiência em exportação ou negócios internacionais. A ideia de que um pequeno produtor sudanês de potes de barro ou sabão possa conquistar o mercado alemão é absurda.

A comparação com histórias de sucesso de expansão na África torna a impossibilidade ainda mais evidente. Startups de tecnologia quenianas, exportadores de café etíopes e fornecedores automotivos marroquinos alcançaram o sucesso em estados funcionais com relativa estabilidade política, infraestrutura e acesso a capital. O Sudão não oferece nada disso. Mesmo países como o Sudão do Sul ou a Somália, que também sofrem com conflitos, possuem pelo menos alguma estabilidade em certas áreas e conseguiram manter estruturas econômicas rudimentares. O Sudão está em colapso total.

Os obstáculos regulatórios e práticos para empresas sudanesas que desejam entrar no mercado europeu são enormes. As normas de importação da UE exigem comprovante de origem, certificados de qualidade, desembaraço aduaneiro e conformidade com os padrões de produto. Parceiros comerciais alemães realizariam verificações de due diligence, levantando questões sobre o registro da empresa, demonstrações financeiras, registros fiscais e reputação. Nenhuma empresa sudanesa consegue atender a qualquer um desses requisitos atualmente. Até mesmo as transferências de dinheiro seriam problemáticas, já que o sistema bancário sudanês é disfuncional e os bancos internacionais rejeitariam transações do Sudão devido a sanções e riscos de lavagem de dinheiro.

A ideia de um “parceiro alemão forte e especializado em marketing, relações públicas e desenvolvimento de negócios” não resolve esses problemas fundamentais. O marketing não pode vender um produto inexistente. As relações públicas não podem transformar um país devastado pela guerra em um parceiro comercial atraente. O desenvolvimento de negócios não pode construir relacionamentos comerciais onde não há negócios. Um provedor de serviços alemão de boa reputação desaconselharia a colaboração com “parceiros” sudaneses, pois os riscos reputacionais, as incertezas jurídicas e as impossibilidades práticas destruiriam qualquer potencial de negócio.

Análise comparativa: Quando a guerra destrói a economia

Uma análise de outros países afetados por conflitos armados ou crises econômicas destaca tanto a singularidade quanto a tragédia da situação sudanesa. A análise comparativa revela as condições sob as quais a recuperação econômica é possível – e por que o Sudão atualmente não consegue atender a essas condições.

A Síria vivenciou uma guerra civil ainda mais longa e sangrenta, que se arrasta desde 2011. Mesmo assim, estruturas econômicas rudimentares sobreviveram em áreas controladas pelo governo. Damasco e outras cidades continuam funcionando, embora em escala limitada. Exportadores sírios, principalmente da diáspora, mantêm relações comerciais, e produtos sírios — azeite, têxteis, alimentos — chegam aos mercados internacionais, frequentemente por meio de terceiros países. A diferença crucial: a Síria possui um governo funcional que controla o território e uma diáspora com capital e redes internacionais. O Sudão não possui nenhum dos dois em grau suficiente.

A Ucrânia oferece uma comparação diferente: um país em guerra que, apesar disso, tenta manter laços econômicos e atrair investidores internacionais. Empresas ucranianas continuam exportando grãos, produtos siderúrgicos e serviços de TI. Conferências internacionais discutem a reconstrução e mobilizam bilhões em ajuda. A Ucrânia desfruta de amplo apoio ocidental, possui uma infraestrutura relativamente desenvolvida (apesar dos danos da guerra), um sistema educacional e uma administração pública funcional em grande parte do país. Além disso, a Ucrânia luta contra um agressor externo, o que mobiliza a solidariedade internacional. O Sudão, por outro lado, vive uma guerra civil na qual ambos os lados cometem crimes de guerra e a simpatia internacional é limitada.

A Somália talvez seja o caso mais comparável: um país marcado por décadas de guerra civil e colapso do Estado. Mesmo assim, a Somália apresentou um desenvolvimento econômico modesto em certas regiões — particularmente na Somalilândia, relativamente estável. A criação de gado, os serviços de transferência de dinheiro e o comércio local estão funcionando. As comunidades da diáspora somali na Europa e na América do Norte são fortes e investem em sua terra natal. A diáspora do Sudão é menor e menos interconectada, e o conflito é mais disseminado, não deixando sub-regiões seguras onde a atividade econômica possa prosperar.

Ruanda, após o genocídio de 1994, é um exemplo de transformação bem-sucedida após uma violência catastrófica. O país testemunhou o assassinato de aproximadamente um milhão de pessoas em poucos meses. Mesmo assim, alcançou uma recuperação notável, impulsionada por uma governança forte (embora autoritária), ajuda internacional, investimentos em educação e infraestrutura, e uma política deliberada de reconciliação e desenvolvimento econômico. O Sudão não possui nenhum desses pré-requisitos: não há um governo reconhecido com autoridade e legitimidade, a ajuda internacional é limitada e frequentemente bloqueada, a educação é inexistente e a reconciliação é impossível devido à violência contínua.

O Iraque pós-2003 oferece outra comparação: um país devastado pela guerra, com infraestrutura destruída, mas com enormes reservas de petróleo que financiaram a reconstrução. Corporações internacionais retornaram, atraídas pelo petróleo e por contratos de construção. A diferença crucial: o Iraque possuía uma indústria petrolífera em funcionamento e recebia ajuda militar e para o desenvolvimento em larga escala. O Sudão perdeu grande parte de suas reservas de petróleo com a independência do Sudão do Sul em 2011; o petróleo restante está sendo explorado pelas partes em conflito, e não utilizado para a reconstrução.

O Iêmen, assim como o Sudão, está mergulhado em uma brutal guerra civil, demonstrando os perigos de uma economia de guerra prolongada. Lá também, diversas facções (os houthis, o governo apoiado pela Arábia Saudita) controlam partes do país e se financiam por meio da exportação de matérias-primas, contrabando e ajuda externa. A economia entrou em colapso e a população sofre com a fome e as doenças. A comparação mostra que, sem uma solução política, não há futuro econômico. O Sudão corre o risco de se tornar um “segundo Iêmen” — um Estado falido com uma guerra civil permanente e uma crise humanitária perpétua.

A análise demonstra que a recuperação econômica após um conflito é possível, mas requer condições específicas: um Estado funcional (mesmo que autoritário), controle sobre as receitas provenientes de recursos naturais para financiar a reconstrução, apoio internacional maciço, uma população educada e capacitada e um mínimo de segurança e previsibilidade. O Sudão não preenche nenhum desses requisitos. Em vez disso, o país combina os piores elementos: guerra contínua, governança fragmentada, pilhagem de recursos naturais por grupos beligerantes, falta de prioridade internacional, êxodo em massa da classe instruída e insegurança total. Falar em desenvolvimento empresarial ou expansão de mercado nesse contexto não é apenas irrealista, mas também cínico.

Verdades inconvenientes: riscos, dependências e distorções estruturais

Uma avaliação crítica da situação econômica do Sudão revela diversas verdades incômodas que são frequentemente ignoradas em discursos eufemísticos sobre desenvolvimento.

Em primeiro lugar, a economia de guerra é lucrativa para certos atores. O General Dagalo, líder das Forças de Apoio Rápido (RSF), é considerado um dos homens mais ricos do Sudão, com uma fortuna adquirida através do comércio de ouro e da posse de terras. Os Emirados Árabes Unidos lucram com o ouro sudanês barato e vendem armas caras em troca. Comerciantes egípcios exploram a situação precária dos refugiados sudaneses. Senhores da guerra em Darfur controlam minas e rotas de contrabando. Esses atores não têm interesse na paz e no Estado de Direito, pois isso colocaria em risco seus lucros. Enquanto as estruturas de incentivo recompensarem a guerra, ela continuará. Esta é a “maldição dos recursos” em sua forma mais pura: a riqueza em recursos naturais — especialmente bens facilmente extraíveis e contrabandeáveis ​​como o ouro — torna a guerra lucrativa e a perpetua.

Em segundo lugar, a comunidade internacional praticamente abandonou o Sudão. Enquanto a Ucrânia e Gaza recebem atenção e ajuda internacional significativas, o Sudão é um “conflito esquecido”. As razões para isso são diversas: insignificância geopolítica (o Sudão não é relevante em termos energéticos nem estrategicamente central), fadiga do conflito após décadas de crises sudanesas, hierarquias racistas na economia da atenção internacional e a complexidade de uma guerra civil sem lados claramente “bons” e “maus”. A consequência: a ajuda humanitária é extremamente subfinanciada. Em 2024, o Sudão recebeu apenas cerca de um terço dos US$ 4,2 bilhões necessários em ajuda humanitária. A ajuda ao desenvolvimento praticamente cessou. Essa negligência internacional significa que o Sudão não pode esperar o tipo de ajuda para reconstrução nos moldes do “Plano Marshall” que foi concedida a outros países atingidos por crises.

Em terceiro lugar, as consequências ecológicas e demográficas a longo prazo são devastadoras. Milhões de crianças não recebem educação; uma geração inteira está crescendo em meio à violência, à fome e ao desespero. O trauma é generalizado. Ao mesmo tempo, o meio ambiente e os recursos agrícolas estão se degradando devido à superexploração, à falta de manutenção dos sistemas de irrigação e às mudanças climáticas. A desertificação está se acelerando. Quando a guerra terminar, o Sudão terá uma população sem instrução e traumatizada, além de recursos naturais degradados — uma base nada favorável ao desenvolvimento.

Quarto: A fragmentação social e a divisão étnica são aprofundadas pela guerra. As Forças de Apoio Rápido (RSF) são acusadas de realizar limpeza étnica em Darfur contra populações não árabes. O exército bombardeia indiscriminadamente áreas civis. Ambos os lados utilizam a violência sexual como arma de guerra. Essas atrocidades deixam profundas fissuras entre as comunidades, que perdurarão por gerações.

Mesmo que se chegue a um cessar-fogo, a questão permanece: como pode uma sociedade tão profundamente dividida encontrar o caminho de volta à coexistência pacífica e à cooperação econômica? As experiências de Ruanda, Bósnia e outras sociedades pós-conflito mostram que a reconciliação é possível, mas leva décadas e exige um esforço político ativo – o que não é atualmente previsível no Sudão.

Quinto: A dependência das exportações de commodities perpetua o subdesenvolvimento. A estrutura de exportação do Sudão — ouro, gergelim, goma arábica, gado — é típica de um exportador de commodities sem industrialização. Esses produtos têm baixo valor agregado, preços voláteis e geram poucos empregos. Também são vulneráveis ​​ao controle de elites e senhores da guerra. O desenvolvimento econômico sustentável exige industrialização, diversificação e cadeias de valor — tudo isso impossível em um Sudão devastado pela guerra. A guerra destruiu a já frágil base industrial; a reconstrução levará décadas.

Sexto: As sanções internacionais existentes dificultam até mesmo os negócios bem-intencionados. As sanções da ONU, da UE e dos EUA incluem embargos de armas, proibições de viagens, congelamento de bens de indivíduos e restrições a transações financeiras. Embora essas sanções visem oficialmente apenas setores e indivíduos específicos, na prática, elas têm um efeito dissuasor sobre toda a atividade comercial. Bancos e empresas evitam o Sudão por medo de violações de conformidade. Isso significa que, mesmo que uma empresa sudanesa quisesse exportar legalmente, teria dificuldades para encontrar um banco internacional disposto a processar as transações ou um provedor de logística disposto a transportar as mercadorias.

Os debates controversos giram em torno da questão da responsabilidade e da solução. O Ocidente tem a obrigação de ajudar o Sudão, ou esta é uma crise “africana” que deve ser resolvida pelos africanos? As sanções devem ser reforçadas para pressionar as partes em conflito, ou isso prejudicaria a ajuda humanitária? Devem ser realizadas negociações com os senhores da guerra para permitir o acesso das organizações de ajuda, ou isso legitimaria criminosos de guerra? Essas questões não têm respostas fáceis, e a comunidade internacional permanece dividida e paralisada.

Os objetivos conflitantes são óbvios: ajuda humanitária imediata versus construção do Estado a longo prazo; negociações com as partes em guerra versus justiça para as vítimas; foco nos centros urbanos versus regiões rurais; investimento em infraestrutura versus programas sociais. Na atual conjuntura de guerra, a sobrevivência inevitavelmente se torna prioritária; questões estratégicas de desenvolvimento são um luxo. Mas, sem uma perspectiva de longo prazo, o Sudão permanecerá preso como um Estado falido.

 

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Crise humanitária e economia: que papel pode desempenhar a diáspora?

Entre a distopia e a esperança: possíveis caminhos de desenvolvimento até 2035

A previsão para o Sudão é sombria, mas não sem alternativas. Três cenários estão surgindo, delineando futuros drasticamente diferentes.

Cenário 1: Estado de falha permanente

Neste cenário pessimista, mas infelizmente realista, a guerra civil se arrasta por anos sem que nenhum dos lados alcance uma vitória militar decisiva. O Sudão se fragmenta em esferas de influência controladas por diversas milícias, senhores da guerra e atores estrangeiros. A economia de guerra, baseada em ouro, contrabando e apoio externo, se consolida. A catástrofe humanitária se torna permanente. Milhões permanecem em campos de refugiados em países vizinhos que se tornam cada vez mais hostis. A comunidade internacional se acostuma com a crise e reduz ainda mais sua ajuda, já insuficiente. O Sudão se torna uma “segunda Somália” ou “Iêmen” — um Estado falido permanente à margem da comunidade internacional. Nesse cenário, qualquer desenvolvimento econômico é impossível; o país permanece uma zona de guerra e um desastre humanitário por um futuro previsível. A expansão de empresas sudanesas para a Europa seria tão absurda quanto imaginar piratas somalis abrindo boutiques em Hamburgo.

Cenário 2: Estabilização frágil e reconstrução lenta

Nesse cenário moderadamente otimista, um cessar-fogo frágil é alcançado nos próximos anos, talvez mediado pela União Africana, pela IGAD ou por potências internacionais. As partes em conflito concordam com a partilha de poder ou com uma federação com regiões autônomas. Sob supervisão internacional, inicia-se um processo de reconstrução, com base no alívio da dívida da Iniciativa para Países Pobres Altamente Endividados (HIPC) de 2021. Bancos internacionais de desenvolvimento e doadores bilaterais fornecem bilhões. Prioridade é dada à restauração da infraestrutura básica, das instalações de saúde e educação e da agricultura.

Nesse cenário, o Sudão poderia experimentar uma recuperação modesta entre 2030 e 2035. Cálculos de modelos mostram que a restauração da produtividade agrícola aos níveis pré-guerra e o investimento de aproximadamente US$ 1 bilhão em infraestrutura poderiam reduzir a pobreza em 1,9 milhão de pessoas. A economia poderia crescer de 3% a 5% ao ano, mas, dadas as enormes perdas, isso representaria apenas uma recuperação lenta. A população permaneceria majoritariamente pobre, e o Sudão continuaria sendo um típico país menos desenvolvido, dependente da exportação de commodities e da ajuda internacional.

Nesse cenário, algumas empresas sudanesas — principalmente na produção agrícola (goma arábica, gergelim) ou no setor de serviços (por exemplo, startups fundadas pela diáspora) — poderiam realizar exportações modestas. Mesmo assim, seriam produtos de nicho, não uma ampla ofensiva de exportação. A entrada no mercado europeu seria árdua, exigindo anos de preparação, certificações e capital. Na melhor das hipóteses, produtos com certificação Fair Trade do Sudão poderiam aparecer em lojas especializadas, comercializados com a narrativa da reconstrução — semelhante ao café ruandês ou ao artesanato bósnio após os conflitos nesses países. Não se trata de uma “conquista” do mercado europeu.

Cenário 3: Renascimento Transformador

Nesse cenário otimista, porém altamente improvável, a guerra termina rapidamente com um acordo de paz abrangente, apoiado por um amplo movimento da sociedade civil. Um governo de transição democrático, que inclui a sociedade civil, assume o poder. Impressionada com essa mudança de rumo, a comunidade internacional mobiliza apoio maciço nos moldes de um “Plano Marshall para o Sudão”. Comissões da verdade e reconciliação são estabelecidas, inspiradas nas de Ruanda ou da África do Sul. Investimentos são direcionados para educação, saúde, energias renováveis ​​e infraestrutura digital.

O Sudão está aproveitando seu enorme potencial agrícola – 85 milhões de hectares de terras aráveis, acesso ao Nilo e um clima favorável – e se tornando o “celeiro da África Oriental”. A produção de ouro está sendo legalizada e regulamentada, com as receitas fluindo para o orçamento do Estado. Uma geração jovem e antenada em tecnologia está criando startups, principalmente nas áreas de fintech, agritech e energias renováveis. A diáspora sudanesa está retornando com capital e conhecimento especializado. Até 2035, o Sudão será um país de renda média com uma democracia funcional, uma economia diversificada e uma classe média em crescimento.

Nesse cenário, as empresas sudanesas poderiam de fato visar os mercados internacionais – produtores de alimentos exportando produtos orgânicos para a Europa; empresas de TI prestando serviços a clientes internacionais; empresas de logística aproveitando a localização estratégica do Sudão entre a África e o Oriente Médio. Contudo, mesmo nesse cenário mais otimista, tal desenvolvimento levaria de 10 a 15 anos e exigiria pré-requisitos significativos.

Cenários para o Sudão: Oportunidade de desenvolvimento ou fracasso permanente?

A realidade provavelmente ficará em algum ponto entre os cenários 1 e 2: um cessar-fogo frágil após anos de guerra, seguido por uma reconstrução trabalhosa e com financiamento insuficiente. Os potenciais problemas são inúmeros: choques climáticos (secas, inundações) podem comprometer ainda mais a já frágil segurança alimentar; conflitos regionais (como a retomada da guerra civil no Sudão do Sul ou a instabilidade na Etiópia) podem se alastrar para o Sudão; crises econômicas globais podem causar a queda dos preços das commodities e reduzir a ajuda ao desenvolvimento; mudanças tecnológicas (como alternativas à goma arábica) podem devastar os mercados de exportação do Sudão.

Alterações regulatórias na UE também podem ter impacto: regras mais rigorosas sobre minerais de conflito, comprovação de origem e sustentabilidade tornariam ainda mais difícil para os exportadores sudaneses alcançarem os mercados europeus. Ao mesmo tempo, programas da UE para promover o desenvolvimento africano — como a Iniciativa Global Gateway — poderiam, em teoria, oferecer oportunidades se o Sudão atender aos padrões políticos e econômicos mínimos.

A situação geopolítica também é incerta. A China e a Rússia têm interesses históricos no Sudão (petróleo, mineração, acesso a portos no Mar Vermelho), mas sua disposição em apoiar um país devastado pela guerra é limitada. Os Estados do Golfo (Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita) fazem parte do problema (fornecimento de armas, contrabando de ouro) e são potenciais parceiros para a reconstrução. A UE e os EUA praticamente descartaram o Sudão, mas poderiam demonstrar um interesse renovado em caso de mudança política, principalmente devido ao controle da migração.

Em resumo, o Sudão enfrenta um caminho longo e árduo. No melhor cenário possível — paz frágil e reconstrução internacional — o país fará progressos modestos até 2035 e permanecerá uma nação em desenvolvimento de baixa renda. No pior cenário possível — guerra civil contínua — o Sudão se tornará um Estado falido permanente. Em nenhum cenário realista as empresas sudanesas conseguirão conquistar substancialmente os mercados europeus ou usar a Alemanha como um "ponto de partida" nos próximos dez anos. A ideia continua sendo o que é: uma ilusão, muito distante de qualquer realidade econômica.

A amarga conclusão: Este país não é para empreendedores.

A avaliação final deve ser alarmante: o Sudão, em seu estado atual, não é um lugar propício para ambições empreendedoras, muito menos para a expansão de negócios internacionais. A análise abrangente leva a diversas conclusões importantes que são relevantes para tomadores de decisão política, agentes econômicos e também para as comunidades da diáspora sudanesa.

Primeiro: A economia sudanesa não existe atualmente como um sistema funcional. O que está acontecendo no Sudão não é uma economia no sentido moderno – com mercados, instituições, segurança jurídica e divisão do trabalho – mas sim uma economia de guerra na qual os militares saqueiam recursos, a população luta pela sobrevivência e toda a atividade produtiva caiu para um nível de subsistência. Falar em “desenvolvimento de mercado” ou “expansão” partindo desse ponto de vista é fundamentalmente incompreender a base da atividade econômica.

Em segundo lugar, a questão das indústrias sudanesas que poderiam se expandir para a Europa é falha. Ela pressupõe algo que não existe: empresas sudanesas em funcionamento com capacidade produtiva, capacidade de exportação e visão estratégica de negócios. A realidade é que as poucas empresas que sobreviveram lutam pela própria sobrevivência. As novas microempresas que surgiram durante a guerra atendem a necessidades locais básicas em condições extremamente precárias. Nenhuma delas possui os recursos, o capital ou o conhecimento técnico necessários para negócios internacionais.

Em terceiro lugar, mesmo em setores teoricamente exportáveis ​​— goma arábica, gergelim, ouro, pecuária — obstáculos estruturais impedem qualquer ofensiva exportadora significativa. Esses obstáculos incluem: perda de controle sobre as áreas de produção devido a hostilidades, interrupção das cadeias de suprimentos e logística, perda de qualidade e falta de certificações, sanções internacionais e riscos de não conformidade, hiperinflação e desvalorização cambial, falências bancárias e impossibilidade de pagamentos internacionais, além de danos à reputação devido à associação com a guerra e minerais de conflito. Esses obstáculos não podem ser superados por meio de marketing ou desenvolvimento de negócios; são problemas sistêmicos fundamentais que só podem ser resolvidos por meio da paz, da reconstrução do Estado e de anos de desenvolvimento institucional.

Quarto: O papel de um “parceiro alemão em marketing, relações públicas e desenvolvimento de negócios” seria, no máximo, o de um conselheiro realista. Um provedor de serviços alemão de boa reputação teria que explicar aos potenciais clientes sudaneses que a expansão para a Europa é impossível nas condições atuais e que todos os recursos deveriam ser direcionados para a sobrevivência, ajuda humanitária e preparação para a reconstrução a longo prazo. O marketing não pode criar produtos que não existem. As relações públicas não podem melhorar uma imagem que foi fundamentalmente prejudicada pela guerra, pela fome e pelas atrocidades. O desenvolvimento de negócios não pode fechar acordos onde não há fundamento para eles.

Quinto: As implicações a longo prazo do colapso do Sudão vão além do próprio país. Com 12,9 milhões de refugiados e deslocados internos, o conflito está desestabilizando toda a região – Egito, Chade, Sudão do Sul e Etiópia estão sobrecarregados pelo fluxo de sudaneses. A situação de fome causará danos de longo prazo à saúde e ao desenvolvimento de milhões de crianças. A integração econômica regional – por exemplo, por meio da Área de Livre Comércio Continental Africana (AfCFTA) – está prejudicada pelo colapso do Sudão. O Sudão não é apenas um desastre nacional, mas uma catástrofe regional com implicações globais (migração, extremismo, custos humanitários).

Sexto: As implicações estratégicas para os diferentes atores são claras. Para empresas europeias e alemãs: o Sudão não é um mercado. Não há nada para comprar ou vender lá que valha a pena. O envolvimento deve ser puramente humanitário ou – para empresas de construção e especialistas em infraestrutura – voltado para a reconstrução a longo prazo após a guerra, de forma semelhante ao posicionamento das empresas em relação à reconstrução da Ucrânia. Para os tomadores de decisão política na Alemanha e na UE: o Sudão não precisa de promoção comercial, mas sim de mediação de conflitos, ajuda humanitária e uma estratégia de desenvolvimento a longo prazo. As sanções existentes devem permanecer direcionadas para atingir os senhores da guerra sem impedir a ajuda humanitária. Para investidores internacionais: o Sudão está fora de questão num futuro próximo. O risco político é máximo, o Estado de Direito não existe e a expropriação e a violência são sempre possíveis. Para as comunidades da diáspora sudanesa: o envolvimento é importante para a reconstrução a longo prazo, mas em condições realistas. Os investimentos da diáspora devem se concentrar em educação, saúde e sociedade civil, e não em negócios de curto prazo.

Sétimo: Há uma amarga ironia na pergunta original. A ideia de que empresas sudanesas poderiam “conquistar” a Europa inverte a dinâmica de poder real. Historicamente, as potências coloniais europeias — Grã-Bretanha, França — exploraram e dominaram a África. Mesmo hoje, as matérias-primas fluem da África para a Europa, enquanto os produtos acabados e o capital fluem na direção oposta — uma desigualdade estrutural que está se agravando, não diminuindo. O Sudão é o exemplo extremo de um país na base absoluta dessa hierarquia: pobre, devastado pela guerra, dependente de recursos naturais, sem capacidade tecnológica ou institucional. A noção de que tais países poderiam “conquistar” os mercados europeus desenvolvidos ignora completamente essas realidades estruturais.

A conclusão final é, portanto: o Sudão não é um parceiro para a expansão de negócios, mas sim uma emergência humanitária de proporções históricas. A prioridade deve ser o fim da guerra, o alívio do sofrimento humano e a construção de um Estado sustentável. Somente quando essas condições fundamentais forem atendidas — e isso levará décadas, na melhor das hipóteses — as questões sobre desenvolvimento econômico, exportações e integração internacional poderão ser abordadas de forma significativa. Até lá, qualquer discussão sobre a penetração do mercado sudanês na Europa permanece não apenas irrealista, mas também cínica, diante do sofrimento imensurável do povo sudanês.

A recomendação estratégica para todos os atores envolvidos é clara: manter uma visão realista, não criar falsas esperanças, definir prioridades humanitárias e preparar-se para o longo e árduo caminho da reconstrução – mas não embarcar em aventuras comerciais num país que atualmente só existe como zona de guerra.

 

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