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O mundo multipolar é um mito? É por isso que ele é tão perigoso para todos nós.

O mundo multipolar é um mito? É por isso que ele é tão perigoso para todos nós.

O mundo multipolar é um mito? Eis o que o torna tão perigoso para todos nós – Imagem: Xpert.Digital

Estabilidade em vez de caos: por que o mundo precisa de um líder forte – e quem poderia ser esse líder.

### Guerras Mundiais e Caos: Estamos Caminhando para a Catástrofe? Esta Análise de 9 Anos é Assustadoramente Relevante ### Esqueça a Multipolaridade: Um Texto Provocativo Explica Por Que Somente uma Superpotência Pode Verdadeiramente Criar a Paz ### A Grande Ilusão: Por Que o Sonho de uma Ordem Mundial Justa Pode Levar a Novas Guerras ### Hegemonia como Salvadora?

Uma teoria controversa sobre o estado do mundo, verificada: o que a apoia e o que a contradiz.

À luz das guerras na Ucrânia e no Oriente Médio, das crescentes tensões na região do Indo-Pacífico e de um aumento geral na instabilidade global, o mundo parece estar se desintegrando. Muitos observadores falam de uma nova ordem mundial multipolar, na qual diversos centros de poder, como os EUA, a China, a Rússia e a Índia, disputam influência. Mas e se essa ideia não for a solução, mas sim a causa do problema?

O cientista político Matthias Kennert apresentou uma análise quase assustadoramente profética em seu artigo de trabalho de 2015.

Publicado pela Academia Federal de Política de Segurança (BAKS Working Paper 5/2015). Sua tese central provocativa: a multipolaridade não é um estado estável, mas uma fase de transição altamente perigosa que inevitavelmente leva a crises e conflitos. A verdadeira estabilidade, segundo Kennert, historicamente não é criada por um equilíbrio entre muitas potências, mas sim pelo domínio de uma única potência hegemônica.

Essa perspectiva radical inverte o desejo por uma ordem mundial “mais justa”. Mas quanta verdade há nessa teoria quando aplicada à frágil conjuntura global atual? Examinamos as teses de Kennert e analisamos o que se confirma à luz dos acontecimentos recentes, onde sua argumentação é convincente e onde ela pode falhar ou exigir uma análise crítica.

Adequado para:

Análise do artigo sobre multipolaridade e hegemonia no contexto da situação mundial atual.

Concordância com pesquisas atuais: Multipolaridade como uma fase de instabilidade

O artigo de Matthias Kennert identifica corretamente uma característica fundamental da situação mundial atual: a multipolaridade está, de fato, associada ao aumento da instabilidade e da vulnerabilidade a crises. Essa avaliação é confirmada por dados atuais:

  • Em 2024, organizações internacionais registraram mais de 170.700 mortes devido a conflitos armados, com previsões de mais de 230.000 até o final de 2024.
  • Em 2023, foram registradas nove guerras ativas (Ucrânia, Gaza, Sudão, Myanmar, Burkina Faso, Nigéria, Somália, Etiópia e Síria).
  • Mais de 122 milhões de pessoas estão atualmente fugindo da guerra e da violência.

Transformação hegemônica como um padrão reconhecível

A tese de uma transição hegemônica é confirmada por pesquisas recentes. O Relatório de Paz de 2025 confirma “mudanças fundamentais de poder na comunidade internacional”, enquanto análises atuais mostram que a China busca sistematicamente minar a hegemonia dos EUA sem almejar a dominação global.

Paralelos históricos no início do século XX

A comparação feita por Kennert com a situação por volta de 1900 é analiticamente precisa. Tanto naquela época quanto agora, fatores semelhantes caracterizam a situação mundial:

  • Ascensão de novas potências (na época Alemanha/EUA, hoje China/Índia)
  • Declínio da hegemonia estabelecida (Grã-Bretanha/EUA)
  • Estreita interdependência econômica aliada à competição política

 

Hub de segurança e defesa - conselhos e informações

Hub de segurança e defesa - Imagem: Xpert.Digital

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Adequado para:

 

Entre Hegemonia e Multipolaridade: O Frágil Equilíbrio de Poder do Presente

Objeções críticas e pontos fracos

Representação simplificada do G20

A caracterização de Kennert do G20 como "fraco em questões de política de segurança" é posta em perspectiva pelos dados atuais: os países do G20 são responsáveis ​​por 82% dos gastos militares globais e possuem 98% de todas as ogivas nucleares. Isso sugere que o G20 de fato tem relevância em termos de política de segurança, mesmo que não atue como uma força hegemônica coletiva.

Avaliação unilateral de instituições multipolares

O artigo subestima a complexidade das novas estruturas multipolares. Por exemplo, os países do BRICS expandiram de cinco para onze membros em 2024 e estão desenvolvendo estruturas econômicas alternativas para "desdolarizar" o comércio Sul-Sul. Esses desenvolvimentos demonstram que os sistemas multipolares podem, de fato, alcançar estabilidade institucional.

Análise incompleta da hegemonia da OTAN

Embora Kennert cite a OTAN como um exemplo de ordem hegemônica bem-sucedida, os desenvolvimentos atuais revelam tensões significativas dentro da aliança. O Conceito Estratégico de 2022 teve que responder a ameaças de grande escala, e a Europa está desenvolvendo cada vez mais uma “autonomia em política de segurança” independente dos EUA.

Adequado para:

Avaliação no contexto da atual situação mundial frágil.

Diagnóstico preciso de crises

A análise de Kennert sobre a instabilidade atual é confirmada por eventos recentes:

  • Guerra na Ucrânia: Em 2024, a Rússia ditou em grande parte o rumo da guerra e fez exigências maximalistas para as negociações de paz.
  • Conflitos no Oriente Médio: A guerra em Gaza custou a vida de mais de 53.000 pessoas.
  • Ameaças sistêmicas: Estados autoritários como a Rússia e a China estão formando cada vez mais uma “aliança autoritária”.

Implicações normativas problemáticas

Contudo, o artigo revela uma problemática preferência por ordens hegemônicas. As teorias realistas das relações internacionais em que Kennert baseia seu trabalho estão sendo cada vez mais questionadas. Abordagens alternativas enfatizam:

  • Multilateralismo como uma forma moderna de soberania, e não como uma ameaça.
  • O institucionalismo como um meio-termo prático entre o realismo e o idealismo.
  • Paz democrática como alternativa à estabilidade hegemônica

Fatores não considerados do presente

A análise de Kennert ignora características cruciais da crise atual:

  • Mudanças climáticas como ameaça sistêmica: A combinação do rearme e da crise climática está levando a uma “situação mais perigosa do que no auge da Guerra Fria”.
  • Ruptura tecnológica: Através do programa “Made in China 2025”, a China está a implementar uma transformação tecnológica sistemática que está a alterar os conceitos tradicionais de poder.
  • Novas formas de guerra: a guerra cibernética, a desinformação e as ameaças híbridas exigem mecanismos de estabilização diferentes das ordens hegemônicas clássicas.

O artigo de Matthias Kennert oferece uma análise fundamentalmente precisa da instabilidade atual e identifica corretamente as características de uma fase de transformação hegemônica. Seus paralelos históricos e diagnóstico de instabilidade multipolar são confirmados por dados atuais.

Contudo, a preferência unilateral por ordens hegemônicas negligencia tanto os problemas das hegemonias históricas quanto o potencial de novas instituições multipolares. A situação mundial atual é mais complexa do que o esquema binário de "hegemonia versus multipolaridade" sugere.

A frágil situação global de 2024/25 confirma o diagnóstico de instabilidade de Kennert, mas refuta sua conclusão normativa: em vez de um retorno à ordem hegemônica, são necessários arranjos institucionais inovadores que levem em consideração tanto as realidades da distribuição multipolar do poder quanto as exigências da cooperação global diante das mudanças climáticas, pandemias e outros desafios transfronteiriços.

 

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