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Usinas virtuais e marketing direto

Usinas virtuais e marketing direto

Usinas virtuais e marketing direto – Imagem: Xpert.Digital

Compreendendo a transição energética: como as usinas virtuais e o marketing direto interagem

Setor energético em transição: Por que as usinas virtuais estão impulsionando a transição energética

As centrais elétricas virtuais e a comercialização direta de eletricidade são dois elementos centrais da indústria energética moderna que estão intimamente interligados, mas que perseguem funções e objetivos diferentes. Embora as centrais eléctricas virtuais representem uma plataforma tecnológica para coordenar eficientemente a produção e utilização de energias renováveis, o marketing directo centra-se na colocação lucrativa da energia gerada nos mercados energéticos. Este texto examina detalhadamente ambos os conceitos, descreve o seu papel na indústria energética e mostra a sua importância para a transição energética.

Usinas virtuais – A transformação digital do fornecimento de energia

Uma usina virtual (VK) é uma combinação de sistemas descentralizados de geração de energia, sistemas de armazenamento e consumidores que são conectados digitalmente em rede e coordenados por meio de um sistema de controle central. Estes sistemas incluem, entre outros, sistemas de energia eólica e solar, centrais eléctricas de biomassa, armazenamento de baterias e consumidores industriais ou privados flexíveis. O objetivo de uma usina virtual é aumentar a eficiência e a flexibilidade da produção e utilização de energia, visualizando e controlando os diferentes sistemas como uma única unidade.

Através da digitalização e automação, uma central elétrica virtual permite previsões e planeamento precisos da produção e consumo de energia. Desta forma, a sobreprodução e a subprodução podem ser minimizadas e o fornecimento de energia pode ser estabilizado. As centrais eléctricas virtuais não só desempenham um papel fundamental no mercado de equilíbrio de energia – onde compensam as flutuações na rede eléctrica – mas também no mercado à vista, onde a electricidade é comercializada num curto espaço de tempo.

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Marketing direto – do EEG à integração de mercado

O marketing direto refere-se à venda de eletricidade proveniente de energias renováveis ​​diretamente na bolsa de eletricidade ou a grandes compradores, em vez de através de tarifas fixas de aquisição, conforme concedido ao abrigo da Lei das Fontes de Energia Renováveis ​​(EEG). Foi introduzido como um instrumento para promover a integração do mercado das energias renováveis ​​e para permitir que os operadores desses sistemas participem mais na evolução dos preços no mercado.

Desde a reforma da EEG em 2016, a comercialização direta tem sido obrigatória para todos os novos sistemas com potência superior a 100 kW. Isto levou a que cada vez mais operadores passassem de uma remuneração fixa para uma receita flexível e orientada para o mercado. O marketing direto oferece aos operadores oportunidades de beneficiarem dos elevados preços de mercado, mas também apresenta riscos em caso de flutuações de preços. Esta dinâmica exige um conhecimento profundo dos mecanismos de mercado, bem como acesso a plataformas de negociação especializadas.

Sinergias entre usinas virtuais e marketing direto

As centrais elétricas virtuais e o marketing direto complementam-se perfeitamente porque assumem funções diferentes, mas que se apoiam mutuamente. Uma central elétrica virtual serve como uma plataforma na qual vários pequenos produtores e consumidores de energia podem ser agrupados e coordenados. Isto cria um player maior no mercado que pode operar de forma competitiva sem que cada operador individual precise de um conhecimento profundo do mercado.

Ao utilizar uma central elétrica virtual, os operadores mais pequenos obtêm acesso a marketing direto que, de outra forma, lhes seria difícil aceder devido a requisitos técnicos e organizacionais. Além disso, a agregação numa central eléctrica virtual oferece a vantagem de poder equilibrar as flutuações na produção de cada central, o que melhora a posição no mercado e a estabilidade dos rendimentos.

Vantagens e desafios das usinas virtuais

Vantagens

  • Maior eficiência: O controle inteligente permite minimizar as perdas de energia e otimizar a utilização do sistema.
  • Acesso ao mercado para pequenos operadores: Os operadores de pequenos sistemas beneficiam da comercialização conjunta sem terem de participar activamente no mercado da energia.
  • Flexibilidade: As centrais eléctricas virtuais podem reagir rapidamente às flutuações na procura e produção de energia.
  • Apoiar a transição energética: Ao integrarem energias renováveis, as centrais virtuais dão um importante contributo para a descarbonização do setor energético.

desafios

  • Requisitos tecnológicos: A operação de uma central elétrica virtual requer uma infraestrutura de TI complexa e ligações de dados fiáveis.
  • Requisitos regulamentares: O cumprimento dos requisitos legais e das regulamentações do mercado é um obstáculo, especialmente para os pequenos operadores.
  • Riscos económicos: A flutuação dos preços de mercado e a dependência de mecanismos de financiamento como o EEG podem afectar a rentabilidade.

Comparação com outros modelos

tarifa de alimentação

Este modelo tradicional oferece aos operadores uma remuneração fixa pela energia fornecida, o que garante segurança no planeamento. No entanto, os operadores não podem beneficiar aqui dos aumentos dos preços de mercado.

Marketing direto

Em comparação com as tarifas feed-in, o marketing direto oferece a oportunidade de beneficiar de preços de mercado flexíveis. No entanto, requer participação activa no mercado e cooperação com comerciantes directos.

Usinas virtuais

Combinam as vantagens de ambos os modelos: a estabilidade e a segurança do planeamento através do agrupamento, bem como a oportunidade de beneficiar de preços orientados para o mercado. Esta é uma solução ideal, especialmente para pequenos operadores de sistemas, para se manterem competitivos.

Elementos fundamentais para um futuro energético sustentável

As centrais elétricas virtuais e o marketing direto são alicerces centrais para um futuro energético sustentável. Permitem a utilização eficiente das energias renováveis ​​e promovem a sua integração no mercado energético. Com a crescente digitalização e as crescentes exigências em termos de estabilidade da rede, as centrais elétricas virtuais continuarão a ganhar importância.

Ambos os conceitos são essenciais para a transição energética. Embora o marketing direto reforce a viabilidade económica das energias renováveis, as centrais elétricas virtuais ajudam a garantir a segurança do abastecimento num sistema energético descentralizado. Juntos, eles criam a base para um sistema energético sustentável e resiliente do futuro.

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