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A Alemanha está a ficar atrás de países como a China e a Coreia do Sul em termos de densidade de robôs e taxas de crescimento

Publicado em: 4 de dezembro de 2024 / Atualização de: 4 de dezembro de 2024 - Autor: Konrad Wolfenstein

A Alemanha está a ficar atrás de países como a China e a Coreia do Sul em termos de densidade de robôs e taxas de crescimento

A Alemanha está a ficar para trás em termos de densidade de robôs e taxas de crescimento em comparação com países como a China e a Coreia do Sul - imagem criativa: Xpert.Digital

Nação Robótica na Gagueira: O Problema da Alemanha com Dinâmica e Crescimento

Robótica industrial em foco: onde a Alemanha está perdendo liderança

A Alemanha está numa posição difícil no que diz respeito ao desenvolvimento e utilização de robôs industriais. Uma comparação internacional, especialmente com países como a China e a Coreia do Sul, mostra que a República Federal tem uma base sólida em termos de densidade de robôs, mas está claramente atrasada em termos de dinamismo e crescimento. Este fenômeno se deve a vários fatores-chave, que serão discutidos e detalhados a seguir.

Razões para o atraso da Alemanha

1. Baixo investimento em tecnologias de automação

A China investiu pesadamente em tecnologias de automação nos últimos anos. Estas medidas específicas fizeram com que a China experimentasse um desenvolvimento sem precedentes na densidade de robôs. Em 2023, a China atingiu 470 robôs por 10.000 funcionários, ultrapassando a Alemanha que estava com 429 unidades. Há uma estratégia claramente pensada por trás destes números: o governo chinês vê a automação como uma alavanca central para a modernização industrial e a competitividade internacional.

A Alemanha, por outro lado, está comparativamente hesitante em investir em novas tecnologias. Embora numerosas empresas de média dimensão sejam líderes mundiais em engenharia mecânica, a vontade de investir extensivamente em soluções robóticas é muitas vezes inibida pelos elevados custos e pela incerteza sobre os benefícios económicos a longo prazo. Uma atitude conservadora em relação às tecnologias disruptivas ainda domina muitas empresas alemãs.

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2. Baixas taxas de crescimento em instalações robóticas

Outro problema é a taxa de crescimento comparativamente baixa das instalações robóticas na Alemanha. Entre 2018 e 2023, esta média foi de apenas cerca de 1% ao ano. Para efeito de comparação: a China conseguiu atingir uma taxa média de crescimento de cerca de 12% no mesmo período. Esta dinâmica mostra quão diferentes são as prioridades nos dois países. Enquanto na China a automação ocupa um lugar central na estratégia económica nacional, na Alemanha é frequentemente vista como um complemento e não como um impulsionador.

3. Falta de apoio governamental e planejamento estratégico

O papel da política é outro fator importante. Na China, o governo reconheceu desde cedo que a automação e a robótica eram cruciais para o desenvolvimento económico a longo prazo. Portanto, foram introduzidos programas e subsídios em grande escala para incentivar as empresas a investir em novas tecnologias. Este apoio ajudou a China a alcançar um desenvolvimento notável na densidade de robôs num curto período de tempo.

Não existem iniciativas comparáveis ​​na Alemanha. Embora existam programas de financiamento, estes são frequentemente de pequena escala, burocráticos e não suficientemente adaptados às necessidades da indústria. O resultado é que muitas empresas ficam sozinhas quando se trata de modernizar os seus processos de produção.

4. Tamanho e demanda do mercado

Outro ponto que explica a liderança da China é a dimensão do seu mercado. Em 2023, 276.288 robôs industriais foram instalados na China – cerca de 51% das instalações globais. Estes números ilustram o quão forte é a procura da indústria transformadora na China. Embora a Alemanha também tenha uma indústria forte, a dimensão do mercado interno e os requisitos específicos limitam o potencial para um crescimento igualmente forte.

Comparação com outros países

A Coreia do Sul é outro exemplo de país que está muito atrás da Alemanha em termos de densidade de robôs. Com 1.012 robôs para cada 10 mil funcionários, a Coreia do Sul lidera o mundo, seguida por Cingapura com 770 unidades. Estes países beneficiam de indústrias altamente especializadas, como a eletrónica e a automóvel, que tradicionalmente dependem fortemente da automação. Na Alemanha, por outro lado, a utilização de robôs também está estabelecida, mas há menos dinâmica no desenvolvimento e distribuição de novas tecnologias.

Uma olhada na Coreia do Sul

Uma diferença fundamental entre a Coreia do Sul e a Alemanha é a integração consistente da robótica na estratégia nacional de inovação. Na Coreia do Sul, a automação é vista não apenas como uma tecnologia do presente, mas como a chave para o futuro. Isto reflecte-se em extensos investimentos governamentais e parcerias entre governo, empresas e instituições de investigação. Além disso, a Coreia do Sul tem um mundo de trabalho altamente digitalizado, no qual tecnologias como a inteligência artificial e a robótica podem ser perfeitamente integradas.

Desafios para a Alemanha

Apesar de todos os contratempos, a Alemanha tem uma base sólida para acompanhar a concorrência global na automação. A indústria alemã tem uma longa tradição na produção e exportação de máquinas e robôs altamente desenvolvidos. Empresas como KUKA e Siemens ainda estão entre os fornecedores líderes no mercado global. No entanto, muitas vezes falta uma ligação consistente entre investigação, desenvolvimento e aplicação prática.

Outro problema é a situação do trabalhador qualificado. A escassez de trabalhadores qualificados na Alemanha não afecta apenas os empregos industriais clássicos, mas também cada vez mais actividades altamente especializadas no domínio da robótica e da automação. Isto torna o desenvolvimento e implementação de novas tecnologias ainda mais difícil.

Importância das diferenças culturais

Um fator frequentemente esquecido são as diferenças culturais ao lidar com novas tecnologias. Na Ásia, especialmente na China e na Coreia do Sul, existe uma maior vontade de adaptar rapidamente novas tecnologias e integrá-las na vida quotidiana. Na Alemanha, por outro lado, existe frequentemente uma atitude de esperar para ver, caracterizada por preocupações com a protecção de dados, perdas de empregos e impactos sociais.

Perspectivas para o futuro

Apesar dos desafios, a Alemanha tem a oportunidade de reforçar a sua posição no domínio da automação. A chave para isso reside na cooperação entre política, negócios e ciência. É necessária uma estratégia clara que não só promova a investigação e o desenvolvimento de novas tecnologias, mas também facilite a sua aplicação prática nas empresas.

Além disso, medidas específicas para promover empresas em fase de arranque no domínio da robótica poderiam ajudar a trazer uma lufada de ar fresco à indústria. As start-ups muitas vezes têm flexibilidade e espírito inovador para desenvolver novas soluções e colocá-las no mercado rapidamente.

Mais abertura e vontade de inovar

A Alemanha enfrenta uma decisão crucial: se o país quiser assumir um papel de liderança na competição internacional pela automação e robótica, os défices existentes devem ser resolvidos urgentemente. Isto não só requer maior investimento e maior apoio governamental, mas também uma mudança cultural no sentido de uma maior abertura e vontade de inovar. Esta é a única forma de a Alemanha poder garantir que continuará a ser uma das principais nações industriais do mundo no futuro.

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