
A revolução silenciosa: como as energias renováveis estão transformando a produção de eletricidade em todo o mundo – Imagem: Xpert.Digital
Quando o carvão capitular: Chegamos ao ponto de virada na história da energia global.
O ponto de virada que ninguém mais pode impedir.
O setor energético global está vivenciando um momento histórico de importância inestimável. No primeiro semestre de 2025, ocorreu uma mudança paradigmática prevista por especialistas em energia há décadas: pela primeira vez na história, as fontes de energia renováveis geraram mais eletricidade em todo o mundo do que o carvão, substituindo assim a principal fonte de energia da industrialização. Esse desenvolvimento é ainda mais notável por ter coincidido com um rápido aumento no consumo global de eletricidade, impulsionado pela expansão da inteligência artificial, dos data centers e pela eletrificação progressiva de todas as áreas da vida.
Ainda mais significativo, porém, é um segundo fato quase sensacional: na China e na Índia, os dois países mais populosos do planeta, que juntos foram responsáveis por quase dois terços do crescimento das emissões globais nos últimos anos, as emissões de dióxido de carbono provenientes da geração de eletricidade estão agora em declínio. Isso marca uma virada fundamental, visto que essas duas nações, sozinhas, representam mais de um terço da população mundial e foram consideradas por muito tempo o maior desafio para o alcance das metas climáticas globais.
Os números falam por si: no primeiro semestre de 2025, o consumo global de eletricidade foi aproximadamente 369 terawatts-hora superior ao do mesmo período do ano anterior. Ao mesmo tempo, a energia solar e eólica, em conjunto, produziram mais 403 terawatts-hora de energia, o que significa que o crescimento das energias renováveis não só atendeu, como superou o aumento da procura. Este excedente levou a uma ligeira diminuição do consumo global de carvão e gás e a uma redução mínima nas emissões globais provenientes da geração de eletricidade, de 12 milhões de toneladas de dióxido de carbono, apesar do aumento significativo da procura.
Este artigo analisa as múltiplas dimensões dessa revolução energética. Examina as raízes históricas, os mecanismos tecnológicos e econômicos, as aplicações atuais e os desenvolvimentos futuros dessa transformação. Aspectos críticos como os desafios de infraestrutura, as implicações geopolíticas e as controvérsias sociais também são explorados para fornecer um panorama abrangente da atual transição energética.
Dos moinhos de vento às capacidades de gigawatts: O desenvolvimento cronológico das energias renováveis
A utilização de fontes de energia renováveis não é, de forma alguma, uma invenção do século XXI. A humanidade utiliza o vento e a água como vetores energéticos há séculos. Já em 200 a.C., os primeiros moinhos de vento eram usados na Pérsia para moer grãos e bombear água. As rodas d'água impulsionavam processos mecânicos no Império Romano e constituíram a base dos sistemas energéticos pré-industriais durante séculos.
O avanço conceitual decisivo ocorreu no século XIX. Em 1839, o físico francês Edmond Becquerel descobriu o efeito fotovoltaico, a conversão da luz em energia elétrica, lançando assim as bases para a energia solar moderna. Na década de 1860, o inventor francês Auguste Mouchot construiu a primeira máquina a vapor movida a energia solar, demonstrando o potencial prático da energia solar. O ano de 1882 marcou outro marco: no rio Fox, em Appleton, Wisconsin, entrou em operação a primeira usina hidrelétrica do mundo, que gera eletricidade através da força da água corrente.
O século XX trouxe outros importantes avanços. Em 1905, Albert Einstein aperfeiçoou a teoria do efeito fotoelétrico e recebeu o Prêmio Nobel de Física por esse trabalho em 1921. Em 1954, pesquisadores dos Laboratórios Bell criaram a primeira célula solar moderna enquanto trabalhavam com semicondutores de silício. Apenas quatro anos depois, em 1958, o satélite americano Vanguard I utilizou energia solar como fonte de energia no espaço pela primeira vez, demonstrando a confiabilidade da tecnologia fotovoltaica em condições extremas.
No entanto, foram as crises do petróleo da década de 1970 que conferiram às energias renováveis uma nova importância estratégica. A drástica alta dos preços do petróleo e a incerteza política em torno dos combustíveis fósseis motivaram governos do mundo todo a explorar fontes alternativas de energia. Nos Estados Unidos, a NASA iniciou um programa abrangente entre 1974 e 1982 para desenvolver turbinas eólicas com capacidades que variam de 200 quilowatts a 3,2 megawatts. O ano de 1978 marcou uma virada política: o Congresso dos EUA aprovou a Lei de Políticas Regulatórias de Serviços Públicos (Public Utilities Regulatory Policies Act), que, pela primeira vez, criou incentivos sistemáticos para produtores de energia renovável.
Nas décadas de 1980 e 1990, o desenvolvimento acelerou consideravelmente. Em 1985, a Califórnia atingiu uma capacidade instalada de energia eólica de mais de 1.000 megawatts, o que representava mais da metade da capacidade mundial na época. Os painéis fotovoltaicos de película fina comerciais entraram no mercado em 1986. O ano de 1996 trouxe um grande avanço tecnológico no projeto SOLAR, no Deserto de Mojave: pesquisadores desenvolveram uma combinação de nitrato de sódio e potássio para armazenamento de energia que possibilitou manter a energia solar disponível por até três horas após o pôr do sol.
Os anos após 2000 foram caracterizados por um crescimento exponencial. Entre 2010 e 2016, o custo da energia solar caiu 69%, de US$ 0,36 para US$ 0,11 por quilowatt-hora. O custo da energia eólica onshore caiu em proporções semelhantes durante o mesmo período, devido à queda nos preços das turbinas e ao aprimoramento da tecnologia. Essas reduções de custo foram atribuídas principalmente às curvas de aprendizado tecnológico: os módulos fotovoltaicos apresentaram taxas de aprendizado de 18% a 22%, o que significa que os custos diminuíram nessa porcentagem a cada duplicação da produção acumulada.
O ano de 2024 estabeleceu um recorde histórico: 585 gigawatts de nova capacidade de energia renovável foram instalados em todo o mundo, representando mais de 90% de toda a capacidade de geração de eletricidade recém-adicionada e uma taxa de crescimento anual de 15,1%. A China sozinha adicionou 357 gigawatts, respondendo por quase 60% das novas instalações globais. Essa rápida expansão continuou em 2025: somente nos primeiros seis meses, 380 gigawatts de nova capacidade solar foram instalados globalmente, um aumento de 64% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Os desenvolvimentos históricos revelam, portanto, uma tendência clara: o que começou há mais de 180 anos como uma curiosidade científica evoluiu para uma revolução industrial que agora está transformando fundamentalmente o sistema energético global. O ritmo dessa transformação está se acelerando continuamente, impulsionado por avanços tecnológicos, queda de custos e crescente apoio político.
Os mecanismos tecnológicos e econômicos da revolução das energias renováveis
A expansão sem precedentes das energias renováveis baseia-se numa complexa interação de inovações tecnológicas, mecanismos económicos e quadros políticos. Compreender estes fundamentos é essencial para avaliar o alcance dos desenvolvimentos atuais.
A principal vantagem tecnológica das energias renováveis reside na sua modularidade e escalabilidade. Ao contrário das centrais elétricas convencionais, que exigem investimentos iniciais maciços e longos prazos de construção, as centrais solares e eólicas podem ser implementadas em diversas escalas. Um único painel solar num telhado funciona com o mesmo princípio de um parque solar de um gigawatt no deserto. Esta flexibilidade permite a produção de energia tanto descentralizada como centralizada e possibilita a adaptação precisa às necessidades locais.
A dinâmica econômica é amplamente determinada pelo conceito da curva de aprendizado, também conhecida como Lei de Wright. Esta lei afirma que o custo de uma tecnologia diminui em uma porcentagem constante a cada duplicação da produção acumulada. Para a energia fotovoltaica, essa taxa de aprendizado é de aproximadamente 18 a 22%, e para a energia eólica, em torno de 15%. Essa redução contínua de custos fez com que a energia solar se tornasse 75% mais barata desde 2014, enquanto o custo da energia eólica onshore caiu 62%.
Em 2023, 81% da capacidade de energia renovável recém-instalada já era mais rentável do que as alternativas aos combustíveis fósseis. O custo da energia solar ronda agora os US$ 0,04 por quilowatt-hora, enquanto o da energia eólica em terra é de cerca de US$ 0,03. Em comparação, as novas centrais elétricas a carvão ou a gás dificilmente conseguem competir a estes preços, mesmo sem considerar custos externos como os danos climáticos ou a poluição atmosférica.
Outro fator crucial é a drástica melhoria na eficiência energética. As turbinas eólicas modernas utilizam alturas de cubo e áreas de rotor maiores, permitindo-lhes gerar significativamente mais eletricidade com as mesmas condições de vento do que os modelos de dez anos atrás. Na Dinamarca, o fator de capacidade médio dos novos parques eólicos dobrou em um período de 17 anos; no Brasil, aumentou 83%; nos EUA, 46%; e na Alemanha, 41%.
Os custos de fabricação de módulos solares também caíram drasticamente. Enquanto as células solares de silício exigem temperaturas superiores a 1000 graus Celsius para purificação e cristalização, as novas células solares de perovskita podem ser produzidas a temperaturas inferiores a 150 graus Celsius, resultando em uma economia de energia de aproximadamente 90%. Além disso, as matérias-primas para células de perovskita são de 50 a 75% mais baratas que o silício. Essa tecnologia alcançou um salto de eficiência de 3,8% para mais de 25% em pouco mais de dez anos, com células tandem feitas de perovskita e silício já atingindo eficiências superiores a 29%.
As estruturas de financiamento também desempenham um papel fundamental. Os investimentos globais em tecnologias de energia limpa ultrapassaram US$ 2 trilhões pela primeira vez em 2024, um aumento de 11% em comparação com o ano anterior. A energia solar, por si só, representou aproximadamente US$ 670 bilhões, o que corresponde a cerca de metade de todos os investimentos em tecnologias limpas. Esses investimentos superaram os gastos com exploração e produção de combustíveis fósseis pela primeira vez em 2025.
Outro componente tecnológico fundamental é o armazenamento de energia. A capacidade global dos sistemas de armazenamento de baterias está crescendo rapidamente e projeta-se um aumento de 35%, atingindo 94 gigawatts até 2025. A China ultrapassou a marca de 100 gigawatts pela primeira vez em meados de 2025, um aumento de 110% em comparação com o ano anterior. A Alemanha alcançou uma capacidade de armazenamento de 22,1 gigawatts-hora durante o mesmo período. Essas tecnologias de armazenamento são essenciais para equilibrar a volatilidade das fontes de energia renováveis e garantir um fornecimento estável de eletricidade.
A integração à rede elétrica está sendo revolucionada por usinas virtuais inteligentes. Essas usinas agregam recursos energéticos descentralizados, como painéis solares, armazenamento em baterias e veículos elétricos, em um sistema interconectado que pode operar como uma usina convencional de grande escala. Softwares e algoritmos sofisticados permitem que as usinas virtuais equilibrem a oferta e a demanda em tempo real, garantam a estabilidade da rede e, simultaneamente, maximizem a integração de energias renováveis.
Os avanços tecnológicos são amplificados por políticas públicas. O consenso global adotado na COP28, a conferência climática realizada em Dubai em 2023, prevê a triplicação da capacidade de energia renovável até 2030, passando de aproximadamente 3.500 gigawatts no final de 2022 para pelo menos 11.000 gigawatts. Essa meta ambiciosa exige taxas médias de crescimento anual de 16,6%, o que requer uma aceleração massiva de investimentos e expansão.
Em conjunto, esses mecanismos tecnológicos e econômicos formam um sistema de auto-reforço: a queda dos custos leva ao aumento da demanda, o que, por sua vez, possibilita maiores volumes de produção, resultando em novas reduções de custos. Esse ciclo virtual transformou as energias renováveis de uma tecnologia de nicho na força dominante na transição energética global.
Transformação global no aqui e agora: O estado atual da transição energética
A situação atual da transição energética global é caracterizada por uma série de desenvolvimentos notáveis que estão acelerando a transição dos combustíveis fósseis para as fontes de energia renováveis e, em alguns casos, superando até mesmo as expectativas mais otimistas.
O marco mais importante de 2025 é, sem dúvida, a substituição histórica do carvão como a principal fonte de energia para a geração de eletricidade no mundo. No primeiro semestre de 2025, as energias renováveis geraram 5.067 terawatts-hora de eletricidade, enquanto o carvão forneceu apenas 4.896 terawatts-hora. Isso corresponde a uma participação de 34,3% para as energias renováveis, em comparação com 33,1% para o carvão, na geração global de eletricidade. Essa transição marca um ponto de virada histórico nos 200 anos de história da industrialização, período em que o carvão sempre foi a fonte de energia dominante.
Os desenvolvimentos na China e na Índia são particularmente notáveis. A China, maior consumidora de eletricidade do mundo, reduziu sua geração de energia a partir de combustíveis fósseis em 2% no primeiro semestre de 2025, enquanto a produção de energia solar e eólica aumentou 43% e 16%, respectivamente. As emissões da China provenientes da geração de energia caíram 46 milhões de toneladas de dióxido de carbono. Apesar de um aumento de 3,4% na geração total de eletricidade, a geração de energia a carvão na China diminuiu 3,3%.
A Índia testemunhou um desenvolvimento ainda mais dramático. As emissões do setor elétrico caíram 1% no primeiro semestre de 2025, marcando apenas a segunda queda em quase meio século. Isso é ainda mais notável considerando o forte crescimento populacional e econômico contínuo da Índia. O crescimento da capacidade de energia limpa atingiu um recorde de 25,1 gigawatts, um aumento de 69% em relação ao ano anterior. Espera-se que essa capacidade recém-instalada gere quase 50 terawatts-hora de eletricidade por ano, quase o suficiente para atender ao crescimento médio da demanda.
No entanto, a distribuição regional também revela algumas desvantagens. Enquanto a China, a Índia e outras economias emergentes lideram a transição para energias limpas, os Estados Unidos e a União Europeia têm observado um aumento na geração de eletricidade a partir de combustíveis fósseis. Nos EUA, o crescimento da demanda superou a expansão das energias renováveis, levando a um aumento no uso de combustíveis fósseis. Na UE, a menor produção de energia eólica e hidrelétrica, juntamente com a redução da geração de bioenergia, resultou em um aumento no uso de gás e, em menor escala, de carvão.
A energia solar está se tornando o principal motor do crescimento. Nos primeiros seis meses de 2025, a geração global de energia solar cresceu 31%, contribuindo com 83% do crescimento da demanda total, com uma produção adicional de 306 terawatts-hora. Isso equivale aproximadamente à quantidade de eletricidade consumida por um país como a Itália em um ano inteiro. A capacidade fotovoltaica instalada globalmente dobrou, passando de 1 terawatt em 2022 para 2 terawatts em 2024 – um feito que anteriormente levou quatro décadas para ser alcançado em apenas dois anos.
A energia eólica também registrou um crescimento sólido, com um aumento de 7,7% e um acréscimo de 97 terawatts-hora. A China continua a dominar o desenvolvimento global neste setor, respondendo por 55% do crescimento global da energia solar e 82% do crescimento da energia eólica em 2025.
A energia eólica offshore flutuante representa um desenvolvimento particularmente inovador, permitindo a instalação de turbinas eólicas em águas mais profundas, onde os recursos eólicos são mais fortes e consistentes. Essa tecnologia ainda está em fase inicial de desenvolvimento, mas possui um enorme potencial para países costeiros com fundos marinhos profundos, onde as instalações offshore convencionais com âncoras fixas não são viáveis.
A viabilidade econômica das energias renováveis melhorou fundamentalmente. A energia solar é agora a fonte de eletricidade mais barata disponível em muitas regiões. Licitações em Abu Dhabi, Chile, Dubai e México alcançaram preços tão baixos quanto US$ 0,04 por quilowatt-hora, com os preços continuando a cair. A energia eólica onshore atinge custos de até US$ 0,03 por quilowatt-hora em áreas com excelentes condições de vento.
Os impactos no emprego são substanciais. Pelo menos 16,2 milhões de pessoas em todo o mundo trabalham atualmente no setor de energias renováveis, um aumento constante em relação aos 7,3 milhões em 2012. Somente nos Estados Unidos, mais de 3,5 milhões de pessoas estão empregadas nesse setor, e o emprego está crescendo mais que o dobro da velocidade do mercado de trabalho em geral. Os empregos em energias renováveis representam mais de 84% de todos os novos empregos na geração de energia.
Apesar desse progresso impressionante, ainda existe uma lacuna significativa entre os desenvolvimentos atuais e as medidas necessárias para atingir a meta de 1,5 grau. Para alcançar a triplicação da capacidade de energia renovável até 2030, conforme acordado na COP28, seria necessária uma taxa média de crescimento anual de 16,6%. A taxa de crescimento atual de 15,1% está um pouco aquém. Além disso, a plena integração das energias renováveis exige investimentos maciços em infraestrutura de rede e tecnologias de armazenamento, que ainda não foram realizados em escala suficiente.
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Demandas de energia para IA e data centers: por que exatamente isso está acelerando a expansão da energia solar e eólica?
Pioneiros da Transformação: Exemplos Concretos da Prática
Os números e tendências abstratos da transição energética global manifestam-se em inúmeros projetos e iniciativas concretas que tornam tangíveis o potencial e os desafios da transformação.
Um excelente exemplo é o compromisso da ilha de Maiorca, no arquipélago das Baleares, com o hidrogênio verde. A empresa espanhola de infraestrutura Acciona opera uma usina na ilha que produz mais de 300 toneladas de hidrogênio verde anualmente a partir de energia fotovoltaica. Esse hidrogênio serve como combustível para frotas de ônibus públicos e comerciais, além de fornecer energia auxiliar para balsas e operações portuárias. O projeto, portanto, evita a emissão de 16.000 toneladas de dióxido de carbono por ano. Este exemplo ilustra as diversas aplicações do hidrogênio verde, que serve como vetor energético, matéria-prima e meio de armazenamento, sendo totalmente livre de emissões, já que sua conversão em energia produz apenas água como subproduto.
A China está demonstrando a escalabilidade da energia renovável de uma forma sem precedentes. Somente em 2024, o país instalou 357 gigawatts de nova capacidade de energia renovável, mais do que todos os outros países juntos. Esses gigantescos parques solares e eólicos estão sendo cada vez mais combinados com sistemas massivos de armazenamento de baterias. Um projeto notável é a instalação de armazenamento de baterias de 103,5 megawatts na Alemanha, operada pela Eco Stor, com capacidade de 238 megawatts-hora. Inaugurada no primeiro semestre de 2025, ela representou aproximadamente um terço da nova capacidade de armazenamento de baterias em larga escala adicionada durante esse período.
A iniciativa Missão 300 para a África demonstra como a energia renovável pode desbloquear oportunidades de desenvolvimento. Este ambicioso projeto, lançado em uma conferência em Dar es Salaam em janeiro de 2025, visa fornecer acesso à eletricidade para 300 milhões de pessoas na África até 2030. O Banco Africano de Desenvolvimento prometeu US$ 18,2 bilhões, enquanto o Banco Mundial comprometeu-se com até US$ 40 bilhões, com metade desses fundos destinados a projetos de energia renovável. Doze países, incluindo Malawi, Nigéria e Zâmbia, lançaram pactos nacionais de energia que dependem de minirredes descentralizadas movidas a energia solar para áreas remotas. Isso demonstra como a modularidade da energia renovável oferece vantagens particulares em regiões que carecem de infraestrutura de rede desenvolvida.
Apesar de sua conjuntura política desafiadora, o Afeganistão demonstra como a energia solar pode suprir lacunas críticas no fornecimento de energia. Décadas de conflito tornaram o país uma das nações com maior insegurança energética do mundo, com uma demanda de energia de 4,85 gigawatts em comparação com a geração doméstica de apenas 0,6 gigawatts. O consumo médio de energia é de meros 700 quilowatts-hora per capita por ano, trinta vezes menor que a média global. Sistemas solares descentralizados para instalações de saúde e educação ajudam a manter serviços essenciais mesmo durante frequentes apagões.
As centrais elétricas virtuais são um conceito inovador que já foi implementado com sucesso em diversos países. Na Alemanha, plataformas como a Lumenaza agregam milhares de sistemas de energia descentralizados em uma central elétrica controlada digitalmente. Esses sistemas combinam sistemas fotovoltaicos, armazenamento em baterias e veículos elétricos, otimizando seu uso por meio de algoritmos inteligentes. Os participantes recebem compensação financeira pela flexibilidade, enquanto o sistema contribui para a estabilidade da rede e facilita a integração de fontes de energia renováveis voláteis.
O desenvolvimento de células solares de perovskita ilustra o ritmo acelerado da inovação no setor. Apenas 18 meses após o início do projeto, o consórcio europeu PEARL demonstrou a produção de células solares de perovskita flexíveis utilizando um processo contínuo (roll-to-roll). Diversos institutos de pesquisa alcançaram eficiências superiores a 21% em substratos flexíveis. Essa tecnologia tem o potencial de revolucionar a indústria solar, pois sua produção é significativamente mais econômica do que a das células de silício convencionais, além de poder ser aplicada a superfícies flexíveis, possibilitando aplicações totalmente novas.
Nos Estados Unidos, algumas empresas de serviços públicos estão adiando o fechamento de usinas termelétricas a carvão, em resposta ao rápido aumento da demanda por eletricidade, principalmente por parte de data centers. Ao mesmo tempo, o exemplo da usina termelétrica a carvão Four Corners, no Novo México, ilustra a complexidade da transição energética: a usina de 1.500 megawatts, originalmente programada para ser fechada em 2031, agora continuará operando até 2038, já que a operadora, Arizona Public Service, prevê um aumento de 60% na demanda de pico até lá. Tais acontecimentos demonstram que a transição energética não é um processo linear, mas sim moldado por condições locais e prioridades concorrentes.
Esses exemplos ilustram a enorme abrangência da transição energética: desde projetos de grande escala em países industrializados até iniciativas de desenvolvimento na África e soluções inovadoras de armazenamento e integração às redes elétricas. Demonstram também, contudo, que a transformação é altamente dependente do contexto e requer soluções personalizadas para diferentes condições geográficas, econômicas e sociais.
Complexidade e controvérsias: uma análise crítica dos desafios
Apesar dos impressionantes sucessos das energias renováveis, existem inúmeros desafios, controvérsias e problemas não resolvidos que exigem uma análise diferenciada.
O desafio técnico mais fundamental é a intermitência, ou seja, a flutuação da produção de energia relacionada às condições climáticas. A energia solar e eólica, por natureza, não estão disponíveis continuamente. Essa volatilidade apresenta problemas significativos de planejamento e operação para os operadores da rede elétrica. O fenômeno alemão da "Dunkelflaute" (calmaria escura) ilustra isso vividamente: em novembro de 2024, céus nublados e ventos calmos prevaleceram sobre a Europa Central por vários dias, resultando em geração mínima de eletricidade a partir de milhões de painéis solares e turbinas eólicas. Durante esse período, as energias renováveis contribuíram com apenas cerca de 30% do fornecimento de eletricidade da Alemanha, enquanto as usinas termelétricas a combustíveis fósseis e as importações de eletricidade cobriram os 70% restantes. Essas situações ocorrem, em média, cerca de duas vezes por ano e duram aproximadamente 48 horas.
A infraestrutura da rede elétrica está se revelando um gargalo crítico. Enquanto grandes usinas de energia centralizadas injetam eletricidade na rede em poucos pontos, as fontes de energia renovável estão distribuídas por vastas áreas. Isso exige uma expansão maciça das redes de transmissão. Na Alemanha, projetos fotovoltaicos com capacidade cumulativa superior a 60 gigawatts aguardam conexão à rede, com tempos de espera que variam, por vezes, de 5 a 15 anos. Em todo o mundo, mais de 3.000 gigawatts em projetos de energia renovável, dos quais mais de 1.500 gigawatts estão em estágios avançados de desenvolvimento, aguardam conexão à rede. Nos EUA, o tempo médio de espera para conexão à rede quase dobrou desde 2015 e agora ultrapassa três anos.
A disponibilidade de minerais críticos representa outro desafio significativo. Lítio, cobalto, níquel e elementos de terras raras são essenciais para baterias, motores elétricos e turbinas eólicas. A produção desses minerais é altamente concentrada geograficamente: a República Democrática do Congo fornece quase três quartos do cobalto mundial, a China controla três quartos do processamento e a Indonésia produz mais de 40% do níquel. Essa concentração cria dependências geopolíticas e riscos de abastecimento. Estudos preveem que a produção de lítio e cobalto precisará aumentar em 500% até 2050 apenas para atender à demanda das tecnologias de energia limpa. Os riscos de abastecimento desses minerais críticos na China permanecerão na zona de alto risco entre 2025 e 2027.
A aceitação social de projetos de energia renovável não é garantida. Embora as pesquisas geralmente mostrem altos níveis de apoio à energia renovável, existe uma oposição local significativa a projetos específicos. Proprietários de terras que arrendam suas propriedades para parques eólicos ou solares são, por vezes, demonizados por opositores desses projetos. Na Carolina do Sul, as autoridades policiais investigaram ameaças de morte contra membros do conselho municipal que apoiavam a construção de uma fábrica de painéis solares. Organizações financiadas pela indústria de combustíveis fósseis coordenam sistematicamente a oposição a projetos de energia renovável e disseminam informações falsas. A State Policy Network, uma rede de think tanks com ligações à indústria de combustíveis fósseis, anunciou em 2024 que trabalharia com legisladores para impedir a adoção de fontes de energia renovável, como a eólica e a solar.
O descarte e a reciclagem de painéis solares e pás de turbinas eólicas estão se tornando cada vez mais problemáticos. Embora as tecnologias em si não emitam poluentes, surgem questões de economia circular ao final de seu ciclo de vida. A rápida expansão significa que enormes quantidades de componentes descartados se acumularão nas próximas décadas, para cujo tratamento ambientalmente correto ainda não existem soluções completas.
O financiamento conjunto entre países desenvolvidos e em desenvolvimento continua sendo problemático. Enquanto as nações ricas fazem investimentos maciços, muitos países africanos e asiáticos não possuem o capital necessário para a transformação. A África Subsaariana precisa de aproximadamente US$ 100 bilhões anualmente para energia renovável e expansão da rede elétrica, mas investiu apenas cerca de US$ 20 bilhões em 2023. Sem um aumento drástico no financiamento climático internacional, milhões de pessoas ficarão excluídas dos benefícios da revolução da energia renovável.
A dependência da produção chinesa levanta questões estratégicas. A China não só produz a maioria dos painéis solares, turbinas eólicas e baterias, como também controla grande parte das cadeias de suprimentos de materiais críticos. Essa dominância cria vulnerabilidades para outros países e leva a esforços para desenvolver capacidades de produção doméstica, o que, no entanto, acarreta um custo mais elevado.
A construção de novas usinas termelétricas a carvão na China e na Índia, apesar do aumento da capacidade de energia renovável, parece contraditória. A China adicionou 5,1 gigawatts de nova capacidade de usinas termelétricas a carvão no primeiro semestre de 2025. A Índia anunciou que o consumo de carvão não deve atingir o pico antes de 2040. A justificativa oficial é que o carvão se destina a servir como um recurso flexível e complementar, e não como gerador primário. Os críticos, no entanto, veem isso como uma tática para adiar o fechamento necessário de usinas.
Esses desafios demonstram que, apesar de todo o progresso alcançado, a transição energética continua sendo uma tarefa complexa, abrangendo dimensões técnicas, econômicas, políticas e sociais. O sucesso na resolução desses problemas determinará se as impressionantes taxas de crescimento das energias renováveis poderão levar a uma completa descarbonização do sistema energético.
Horizontes Futuros: Tendências Esperadas e Inovações Disruptivas
O futuro do fornecimento global de energia será caracterizado por diversos desenvolvimentos paralelos que têm o potencial de acelerar e aprofundar ainda mais a transformação já em curso.
A expectativa é de que a redução de custos continue. Analistas preveem que os preços dos módulos solares cairão ainda mais, principalmente quando a tecnologia de perovskita entrar em produção em massa. Especialistas estimam que, após o escalonamento bem-sucedido, os painéis solares de perovskita poderão ser até 50% mais baratos que os painéis de silício atuais. Células tandem compostas de perovskita e silício poderão atingir eficiências superiores a 33%, aproximando-se, assim, do limite teórico das células solares de silício.
Espera-se que o hidrogênio verde desempenhe um papel fundamental na descarbonização de setores de difícil eletrificação. A Agência Internacional de Energia Renovável prevê que o custo das usinas de hidrogênio poderá cair de 40% a 80% a longo prazo. Combinado com novas reduções nos preços das energias renováveis, o hidrogênio verde poderá se tornar economicamente competitivo a partir de 2030. Isso possibilitaria a descarbonização da produção de aço, da indústria química, do transporte marítimo e da aviação — setores que, juntos, representam uma parcela significativa das emissões globais.
Os parques eólicos flutuantes em alto-mar estão prestes a revolucionar o setor. Essa tecnologia permite o aproveitamento de ventos fortes e constantes em águas profundas, inacessíveis às turbinas convencionais ancoradas. Diversos projetos de gigawatts estão em desenvolvimento ou construção na Arábia Saudita, África do Sul, Austrália, Holanda, Chile, Canadá e Reino Unido. A Agência Internacional de Energia vê um potencial significativo, principalmente quando os parques eólicos flutuantes são combinados com a produção de hidrogênio em alto-mar.
As tecnologias de armazenamento de energia estão se expandindo rapidamente. A BloombergNEF prevê que as novas instalações anuais de armazenamento em baterias aumentarão de 94 gigawatts em 2025 para 220 gigawatts em 2035. A capacidade total poderá atingir dez vezes os níveis atuais até 2035, ultrapassando 617 gigawatts-hora. Tecnologias de armazenamento de longo prazo, como o armazenamento de energia por ar comprimido, o armazenamento por bombeamento e, potencialmente, o hidrogênio verde, se tornarão cada vez mais importantes para suprir períodos de vários dias com baixa geração de energia renovável.
As usinas virtuais estão se tornando parte integrante do sistema energético. A crescente prevalência de painéis solares, armazenamento em baterias e veículos elétricos cria um enorme potencial para flexibilidade agregada. Os avanços em inteligência artificial e aprendizado de máquina aprimorarão ainda mais a otimização desses sistemas complexos. O Chile, por exemplo, planeja basear seu planejamento de rede para 2025 na solução Tapestry, do Google, baseada em IA, enquanto a Southern California Edison está trabalhando com a NVIDIA em ferramentas de planejamento de rede orientadas por IA.
A capacidade solar global deverá continuar a crescer exponencialmente. A SolarPower Europe prevê um aumento de 10% nas instalações, para 655 gigawatts em 2025, com taxas de crescimento anual de dois dígitos entre 2027 e 2029, podendo atingir 930 gigawatts em 2029. A capacidade fotovoltaica instalada global poderá, portanto, ultrapassar os 5 a 6 terawatts até ao final da década.
A eletrificação dos transportes aumentará significativamente a demanda por eletricidade. Embora os veículos elétricos representem atualmente cerca de 1% do consumo global de eletricidade, essa participação poderá subir para 3% a 4% até 2030. Isso cria uma demanda adicional por energias renováveis, mas também oferece potencial para flexibilidade por meio da gestão inteligente de recarga.
Os centros de dados e a inteligência artificial estão se tornando os principais consumidores de eletricidade. A BloombergNEF prevê que a demanda global de eletricidade proveniente de centros de dados aumentará de aproximadamente 500 terawatts-hora em 2023 para 1.200 terawatts-hora em 2035 e 3.700 terawatts-hora em 2050. Nos EUA, a participação dos centros de dados no consumo total de eletricidade poderá aumentar de 3,5% atualmente para 8,6% em 2035. Essa demanda poderá impulsionar ainda mais as energias renováveis, visto que muitas empresas de tecnologia estão buscando atingir a neutralidade de carbono e preferem obter eletricidade de fontes renováveis.
É provável que o quadro político continue a evoluir em direção à proteção climática, apesar de contratempos temporários em alguns países. A meta da COP28 de triplicar a capacidade de energia renovável até 2030 estabelece um parâmetro global. Os investimentos necessários são estimados em aproximadamente US$ 12 trilhões até 2030, dos quais dois terços serão destinados às próprias fontes de energia renovável e um terço à infraestrutura de redes e armazenamento.
Modelos de negócios inovadores, como contratos de compra de energia para empresas, energia solar comunitária e energia como serviço, democratizarão o financiamento e o acesso à energia renovável. Os prosumidores, ou seja, consumidores que também são produtores, se tornarão parte integrante do sistema energético.
A integração intersetorial progredirá. A interligação dos setores de eletricidade, aquecimento e transportes por meio de tecnologias como bombas de calor, veículos elétricos e hidrogênio criará sinergias e aumentará a eficiência geral do sistema energético.
Esses desenvolvimentos sugerem que a transição energética se acelerará nos próximos anos. A combinação de custos ainda mais baixos, avanços tecnológicos, apoio político e crescente conscientização pública cria condições favoráveis para uma transformação fundamental do sistema energético global nas próximas duas décadas.
O ponto onde o futuro começa: Uma avaliação final
A transição energética global atingiu um ponto de virada histórico em 2025. Pela primeira vez na história da industrialização, as energias renováveis geraram mais eletricidade do que o carvão, a fonte de energia que fundamentou o desenvolvimento econômico por mais de dois séculos. Essa mudança não é um ato simbólico, mas o resultado de décadas de inovação tecnológica, reduções drásticas de custos e crescente apoio político e social.
O que é particularmente notável é que essa transição está ocorrendo durante um período de rápido crescimento da demanda global. Em vez de simplesmente substituir a capacidade estagnada de combustíveis fósseis, o crescimento das energias renováveis está superando o aumento do consumo de eletricidade, levando a reduções iniciais de emissões mesmo em economias de rápido crescimento como a China e a Índia. Isso refuta pressupostos fundamentais que há muito dominam o debate climático, ou seja, que o crescimento econômico deve inevitavelmente ser acompanhado pelo aumento das emissões.
Os fundamentos econômicos mudaram irreversivelmente. As energias renováveis deixaram de ser uma alternativa cara que exige subsídios governamentais para competir com os combustíveis fósseis. Na maioria das regiões do mundo, a energia solar e eólica são agora as opções mais rentáveis para a geração de nova eletricidade. Essa superioridade econômica, aliada à redução contínua dos custos devido aos avanços tecnológicos, cria uma dinâmica de auto-reforço que acelera a transformação.
Contudo, seria prematuro falar em sucesso absoluto. Os desafios são consideráveis e multifacetados. A natureza intermitente das energias renováveis exige investimentos maciços em tecnologias de armazenamento e infraestrutura de redes elétricas, que até agora ficaram aquém da expansão da capacidade de geração. A disponibilidade de minerais críticos apresenta riscos geopolíticos e potenciais escassez. A distribuição desigual de recursos financeiros ameaça excluir grandes segmentos da população mundial dos benefícios da revolução das energias renováveis.
As dimensões sociais e políticas da transição energética permanecem complexas. Embora o apoio geral às energias renováveis seja elevado, a resistência local a projetos específicos é evidente, muitas vezes orquestrada ou amplificada por atores com interesse em manter o status quo dos combustíveis fósseis. Garantir uma transição justa, atender às necessidades dos trabalhadores nas indústrias de combustíveis fósseis e distribuir equitativamente os custos e benefícios continuam sendo desafios cruciais.
A velocidade da transformação é impressionante, mas ainda insuficiente para atingir as metas climáticas do Acordo de Paris. Para limitar o aquecimento global a 1,5 graus Celsius, a capacidade de energia renovável precisaria triplicar, chegando a mais de 11.000 gigawatts até 2030. A taxa de crescimento atual, de 15,1%, está um pouco abaixo dos 16,6% necessários. Além disso, a mera instalação de capacidade de energia renovável deve ser acompanhada por reduções reais de emissões, o que exige uma rápida eliminação gradual dos combustíveis fósseis.
O papel da China e da Índia é de importância central neste contexto. Esses dois países, que juntos representam mais de um terço da população mundial e que anteriormente figuravam entre os maiores emissores, estão agora demonstrando que o crescimento econômico e a redução das emissões são compatíveis. A continuidade dessa trajetória é essencial para a proteção climática global.
As inovações tecnológicas que se avizinham, desde células solares de perovskita e parques eólicos flutuantes offshore até hidrogênio verde e usinas virtuais de energia, prometem melhorias ainda mais drásticas em eficiência e custo-benefício. Esses desenvolvimentos podem acelerar ainda mais a transição energética nos próximos anos e abrir setores antes considerados difíceis de descarbonizar.
Em última análise, a humanidade encontra-se numa encruzilhada. Os pré-requisitos tecnológicos e económicos para uma transformação completa do sistema energético estão presentes. A decisão sobre se essa transformação ocorrerá com rapidez suficiente para evitar impactos climáticos catastróficos reside nas escolhas políticas, sociais e individuais dos próximos anos. O marco histórico de 2025, quando as energias renováveis substituíram o carvão como principal fonte de energia, não marca o fim, mas o início da fase decisiva dessa transformação. A direção está definida, o ritmo deve continuar a aumentar e o alcance deve expandir-se a todos os setores e regiões. A silenciosa revolução das energias renováveis começou a libertar o seu verdadeiro poder.
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