
Agora também a UE – Seguindo os EUA, a Comissão Europeia quer fiscalizar melhor as importações baratas – Imagem: Xpert.Digital
Proteção do consumidor: Eis o que a UE está planejando para combater os riscos das compras online desleais.
China versus Europa: como a UE está reforçando seu controle sobre os mercados online.
A União Europeia enfrenta um novo desafio: o aumento massivo das importações baratas de países terceiros, particularmente da China, está pressionando tanto as empresas quanto os consumidores europeus. Em um pacote abrangente de medidas, a Comissão Europeia apresentou propostas para um melhor controle e regulamentação dessas importações. Plataformas online como Temu, Shein, AliExpress e Amazon Marketplace são o foco principal.
Contexto e abrangência do problema
O comércio eletrônico está em plena expansão e, com ele, o envio internacional de produtos, muitas vezes oferecidos a preços incrivelmente baixos. No entanto, o lado negativo desse desenvolvimento são os sérios problemas relacionados à qualidade dos produtos, à proteção do consumidor e à concorrência leal.
- Aproximadamente 12 milhões de encomendas chegam à UE todos os dias.
- Em 2023, a UE importou 4,6 mil milhões de remessas de baixo custo provenientes de países terceiros, o que corresponde a cerca de 97% das importações diretas.
- O número desses pacotes dobrou em comparação com o ano anterior.
- Até 96% dos produtos não cumprem as normas da UE em matéria de segurança, rotulagem e diretrizes ambientais.
Muitos desses produtos burlam as rigorosas regulamentações aplicáveis aos fabricantes europeus. Em particular, roupas, eletrônicos e brinquedos frequentemente contêm substâncias perigosas, não possuem a marcação CE ou contornam as normas de segurança ocupacional e ambientais aplicáveis.
As medidas planeadas pela Comissão Europeia
Para combater esse problema, a UE está planejando uma série de medidas regulatórias rigorosas:
1. Introdução de uma taxa de processamento
Todas as encomendas de lojas online como Temu e Shein estarão sujeitas a uma taxa adicional. Esta taxa destina-se a cobrir os custos adicionais de inspeções e procedimentos alfandegários.
2. Abolição da isenção aduaneira
Atualmente, encomendas com valor inferior a 150 € estão isentas de taxas alfandegárias. Esta regulamentação deverá ser abolida para eliminar as lacunas que permitem importações baratas e criar condições equitativas para as empresas europeias.
3. Aumento dos controles por parte das autoridades alfandegárias e de fiscalização de mercado.
As autoridades alfandegárias e de fiscalização de mercado receberão mais pessoal e recursos técnicos para identificar produtos falsificados ou inseguros com maior eficácia.
4. Investigações contra plataformas
Processos judiciais já foram iniciados contra a Shein, pois a empresa é suspeita de violar as normas de proteção do consumidor da UE. Outras investigações contra outras plataformas também são possíveis.
5. Utilização de novas tecnologias para testes de produtos
A inteligência artificial (IA) será utilizada para detectar produtos potencialmente não conformes. Isso deverá permitir uma análise mais rápida e precisa das mercadorias importadas.
Críticas e reivindicações de defensores dos direitos do consumidor
A Federação Alemã de Organizações de Consumidores (vzbv) considera as medidas planejadas insuficientes e exige regulamentações adicionais:
- Controles preventivos que permitem a identificação de produtos inseguros antes da importação.
- Regras de responsabilidade mais rigorosas para os mercados online, para que possam ser responsabilizados de forma mais efetiva pelos produtos vendidos em suas plataformas.
- Melhor proteção contra produtos que contenham substâncias nocivas, especialmente brinquedos e têxteis.
Reações da indústria
empresas europeias
- A Zalando acolhe favoravelmente as propostas da UE e apela à aplicação consistente dos regulamentos para todos os participantes do mercado.
- A Federação Alemã de Varejo (HDE) apoia as mudanças planejadas, mas alerta para o aumento da burocracia para as empresas europeias.
Reações de plataformas online
Amazon
A Amazon ainda não se pronunciou oficialmente sobre as novas regulamentações, mas ressalta que já tomou medidas para remover produtos inseguros de sua plataforma. Mesmo assim, a Amazon enfrenta novos desafios regulatórios.
- A empresa deverá enfrentar uma investigação antitruste da UE em 2025 por violações da Lei dos Mercados Digitais (DMA).
- A Amazon também entrou com uma ação judicial contra a nova Diretiva de Serviços Digitais da UE e está tentando contestar sua classificação como uma “plataforma online muito grande”.
Temu e Shein
Temu e Shein afirmaram que cumprem as normas da UE. No entanto, há relatos recorrentes de deficiências na qualidade e na rotulagem dos produtos.
Impacto geral nas plataformas online
Espera-se que as novas regulamentações tenham consequências de longo alcance para o comércio eletrônico:
- Os comerciantes precisam assumir mais responsabilidade, especialmente no que diz respeito às normas de segurança e à cobrança de direitos aduaneiros e impostos.
- Controles de produtos mais rigorosos podem levar alguns fornecedores a se retirarem do mercado europeu.
- Os varejistas online de menor porte podem ser afetados por custos adicionais, o que poderia levar a uma reestruturação do mercado.
Será que a UE conseguirá combater com sucesso as importações baratas?
A Comissão Europeia reconheceu a necessidade de tomar medidas para reforçar a proteção do consumidor, garantir a concorrência leal e proteger as empresas europeias. A eficácia destas medidas a longo prazo depende da consistência da sua aplicação e da sua complementação por regulamentação adicional.
Os próximos meses mostrarão como as novas regulamentações afetarão o mercado e se plataformas como Temu, Shein e Amazon precisarão adaptar seus modelos de negócios. Uma coisa é certa: o varejo online europeu está entrando em uma nova era de regulamentação e controle.
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