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Na verdade, o magnífico 7, de acordo com estimativas, garante um superávit comercial dos EUA de 112 bilhões de euros (2023) para a UE

Na verdade, o magnífico 7, de acordo com estimativas, garante um superávit comercial dos EUA de 112 bilhões de euros (2023) para a UE

Na realidade, estima-se que os Sete Magníficos causem um superávit comercial dos EUA de € 112 bilhões (2023) com a UE – Imagem: Xpert.Digital

A verdadeira balança comercial: como os serviços digitais distorcem o comércio entre os EUA e a UE.

A verdadeira balança comercial: como os serviços digitais distorcem o comércio EUA-UE e criam um superávit na UE.

A alegação de que as "Sete Magníficas" (Apple, Amazon, Alphabet, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla) geram um superávit comercial de € 112 bilhões entre os EUA e a UE baseia-se em um cálculo específico que leva em consideração serviços digitais não contabilizados. Esses serviços, como receita publicitária, serviços em nuvem e vendas de software, são frequentemente processados ​​por meio de subsidiárias europeias em países como Irlanda ou Luxemburgo e, portanto, não são contabilizados como exportações diretas dos EUA na balança comercial.

Segundo os dados disponíveis, a UE registou um défice de serviços de 109 mil milhões de euros com os EUA em 2023. As receitas não contabilizadas das sete maiores empresas de serviços digitais da UE ascendem a cerca de 160 mil milhões de euros. Se estas receitas fossem adicionadas à balança comercial oficial dos EUA, o défice comercial de 48 mil milhões de euros transformar-se-ia num excedente de 112 mil milhões de euros.

No entanto, esse cálculo é uma representação simplificada e depende muito da metodologia utilizada para contabilizar os serviços digitais na balança comercial.

O verdadeiro problema é que atualmente não existe uma regulamentação internacional consolidada para o registro dessas vendas, o que leva a essas distorções e diferentes interpretações.

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Os Sete Magníficos e seu papel no superávit comercial transatlântico

O atual debate comercial entre os EUA e a UE é impulsionado por um fator surpreendente: embora oficialmente se fale em um déficit comercial dos EUA, a realidade pode ser diferente se considerarmos plenamente o papel das "Sete Magníficas" – as principais empresas de tecnologia dos EUA.

A balança comercial oficial entre os EUA e a UE

As estatísticas oficiais pintam um quadro complexo das relações econômicas entre os EUA e a União Europeia. Em 2024, os EUA registraram um déficit em conta corrente de quase € 1 trilhão, com aproximadamente € 130 bilhões desse déficit com a UE ocorrendo nos três primeiros trimestres de 2024. Analisando apenas o comércio de bens, o saldo parece ainda menos favorável para os EUA.

Em 2004, a UE exportou mercadorias no valor de 531,6 mil milhões de euros para os EUA, enquanto os EUA venderam apenas 333,4 mil milhões de euros em mercadorias para a UE, resultando num défice comercial dos EUA de 198,2 mil milhões de euros. Este valor é frequentemente citado pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, para justificar as suas políticas comerciais protecionistas.

No entanto, o comércio de bens representa apenas uma parte das trocas econômicas. Os EUA tradicionalmente apresentam superávit na balança comercial de serviços. Em 2023, as exportações de serviços dos EUA para a UE totalizaram aproximadamente US$ 261,7 bilhões, enquanto as importações da UE somaram cerca de US$ 185,1 bilhões, resultando em um superávit americano de US$ 76,5 bilhões. Outras fontes citam um superávit comercial de serviços dos EUA com a UE de € 108,6 bilhões para 2023.

A dimensão oculta: Serviços digitais

No entanto, o que essas estatísticas oficiais não levam adequadamente em consideração é a crescente importância dos serviços digitais fornecidos por empresas de tecnologia dos EUA – especialmente as chamadas “Sete Magníficas” (Apple, Microsoft, Alphabet/Google, Amazon, Meta/Facebook, Tesla e NVIDIA).

Um estudo recente mostra que as exportações digitais dos EUA em 2021 superaram as da UE-27 em mais de dez vezes: US$ 672 bilhões em comparação com US$ 48 bilhões. Isso indica uma significativa disparidade digital entre as duas economias.

O fator irlandês e luxemburguês

Um aspecto crucial para a compreensão dos fluxos comerciais reais é a estrutura operacional das empresas de tecnologia americanas na Europa. Muitas dessas corporações estabeleceram suas sedes europeias ou subsidiárias significativas em países como Irlanda e Luxemburgo, frequentemente devido a regimes tributários favoráveis.

Quando consumidores ou empresas europeias utilizam serviços dessas empresas de tecnologia americanas (como Google Ads, Amazon Web Services ou Meta Ads), a cobrança geralmente é feita por meio de suas subsidiárias irlandesas ou luxemburguesas. As estatísticas comerciais padrão registram essas transações como comércio intra-UE, e não como exportações diretas dos EUA para os respectivos países europeus.

A balança comercial real, levando em consideração os 7 Magníficos.

Nos últimos anos, as sete gigantes alcançaram uma posição dominante na economia global. Três delas (Apple, NVIDIA e Microsoft) atingiram uma capitalização de mercado superior a US$ 3 trilhões cada. Essas enormes avaliações corporativas refletem seu poder econômico e alcance global.

Se as exportações de serviços de empresas de tecnologia americanas, registradas incorretamente, fossem incluídas na balança comercial, o cenário poderia mudar significativamente. Segundo dados oficiais, a UE teve um déficit de quase € 110 bilhões em serviços de informática com os EUA em 2023, principalmente devido à Irlanda, onde as grandes empresas de tecnologia têm suas sedes europeias.

Segundo diversas estimativas, as receitas de serviços das empresas de tecnologia americanas não incluídas na balança comercial dos EUA ascendem a somas substanciais. A discrepância entre as diferentes fontes de dados para o registo do comércio digital entre a UE e os EUA é considerável.

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Desafios na captura de fluxos de comércio digital

O registro do alcance dos serviços digitais nas estatísticas comerciais ainda está em seus estágios iniciais. Os desafios variam desde a definição de serviços digitais e problemas de mensuração até inconsistências entre diferentes fontes de dados.

Um problema crucial reside na estrutura das empresas multinacionais e na questão associada aos preços de transferência. Questiona-se se os preços de transferência atuais refletem integralmente a parcela de criação de valor interno na economia digital.

Trump e a política comercial

O presidente dos EUA, Donald Trump, criticou repetidamente a balança comercial dos EUA com a UE, alegando que a UE foi fundada unicamente "para explorar os Estados Unidos". Essa retórica pode servir para justificar suas políticas comerciais protecionistas.

Trump anunciou recentemente um novo pacote de tarifas que levou a quedas acentuadas nos mercados de ações. As ações das sete maiores empresas do mundo foram particularmente afetadas, perdendo mais de US$ 800 bilhões em valor de mercado em 3 de abril de 2025. Essas medidas podem tensionar ainda mais o comércio transatlântico.

O presidente dos EUA também sinalizou disposição para dialogar, mas apenas sob a condição de que outros países estejam preparados para fazer concessões substanciais. Ele enfatiza que não está mais disposto a aceitar déficits comerciais.

Reações da UE

Em resposta às tarifas de Trump, a UE está considerando suas próprias tarifas retaliatórias sobre serviços digitais americanos. A França propôs a imposição de tarifas sobre serviços digitais americanos utilizados na União Europeia. A Alemanha parece apoiar esse plano.

Um imposto digital desse tipo poderia ter efeitos significativos. De acordo com um relatório do Centro de Estudos de Política Europeia, uma taxa sobre as vendas online europeias de empresas americanas poderia gerar quase 40 bilhões de euros em receita adicional para a UE já no próximo ano.

O poder subestimado dos “Sete Magníficos” na balança comercial transatlântica

A balança comercial entre os EUA e a UE é mais complexa do que as estatísticas oficiais sugerem. Se considerarmos as atividades econômicas reais das empresas de tecnologia americanas na Europa, o déficit comercial dos EUA poderia ser significativamente menor ou até mesmo se transformar em superávit.

Os "Sete Magníficos" desempenham um papel fundamental nessa equação. Seus serviços são amplamente utilizados na Europa, mas, devido às estruturas corporativas e às práticas de faturamento, essas transações não são totalmente registradas como exportações para os EUA.

As atuais tensões comerciais entre os EUA e a UE não se resumem apenas aos desequilíbrios comerciais reais, mas também à percepção e interpretação desses dados. Um registro mais abrangente e preciso dos fluxos de comércio digital poderia contribuir para um debate mais equilibrado sobre as relações econômicas transatlânticas.

O desafio para os formuladores de políticas em ambos os lados do Atlântico é desenvolver um sistema comercial que reflita adequadamente as realidades da economia digital e maximize os benefícios do comércio internacional para todos os envolvidos.

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