Impacto na economia e na logística europeias: Bulgária e Roménia aderem ao espaço Schengen em 1 de janeiro de 2025
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Publicado em: 6 de janeiro de 2025 / Atualização de: 6 de janeiro de 2025 - Autor: Konrad Wolfenstein
Schengen 2025: Como a Bulgária e a Roménia estão a reconectar a economia da Europa
Novas oportunidades para a Europa: a adesão a Schengen está a impulsionar a ascensão da Bulgária e da Roménia
A expansão do espaço Schengen para incluir a Bulgária e a Roménia em 1 de Janeiro de 2025 marca um passo significativo na história da integração europeia. “A adesão destes dois países do sudeste europeu é mais do que um ato simbólico”, disse um porta-voz da Comissão Europeia. Nos últimos anos, as economias da Bulgária e da Roménia realizaram progressos significativos, apesar de diferentes pontos de partida. Ambos os países são agora não apenas parceiros comerciais importantes, mas também locais cada vez mais atraentes para investimentos. A adesão a Schengen confere a esta via de desenvolvimento um dinamismo adicional e, ao mesmo tempo, coloca o sector da logística e da intralogística no centro das atenções.
Desde a sua introdução, o espaço Schengen garantiu uma redução profunda dos controlos fronteiriços entre os Estados participantes. Inclui agora quase todos os estados membros da UE, bem como alguns estados associados. A livre circulação de pessoas, bens e serviços é assegurada através de regulamentos harmonizados e de medidas coordenadas de protecção das fronteiras externas. Embora a ideia do mercado interno da UE já previsse a circulação suave de mercadorias e capitais, mesmo sem Schengen, a abolição dos controlos fronteiriços nas fronteiras internas aprofundou significativamente este desenvolvimento e conduziu a uma maior integração das economias europeias.
Com a adesão da Bulgária e da Roménia, esta ideia será ainda mais reforçada. Numerosos especialistas consideram isto como “um marco importante para o aprofundamento da integração europeia”. Este texto destaca os potenciais impactos económicos e logísticos, aborda oportunidades e riscos e explica quais os desafios que a indústria dos transportes e da logística, em particular, terá de superar no futuro próximo.
1. Aprofundamento da integração europeia e o papel do espaço Schengen
Os princípios fundamentais da União Europeia baseiam-se na ideia de um mercado interno comum em que pessoas, bens, serviços e capitais possam circular sem restrições desnecessárias. Schengen complementa este mercado interno abolindo as barreiras nas fronteiras internas e implementando concretamente a liberdade de circulação. Ao mesmo tempo, este sistema exige a expansão e coordenação dos controlos nas fronteiras externas comuns, a fim de garantir a segurança e a ordem.
Desde que o Acordo de Schengen foi assinado pela primeira vez, este regime fronteiriço continuou a evoluir. A integração da Bulgária e da Roménia tem sido um objectivo declarado desde que aderiram à UE, mas houve repetidos debates no passado sobre o momento certo. “A inclusão destes dois países é uma consequência lógica, pois já cumprem critérios essenciais e fizeram grandes progressos em muitas áreas, especialmente na segurança das fronteiras”, sublinha um eurodeputado que esteve envolvido nas negociações.
Os observadores assumem que a adesão oficial ao espaço Schengen enviará um sinal político claro que sublinha a unidade da Europa, mesmo em tempos turbulentos. Crises como o elevado número de pessoas que procuraram protecção desde 2015, a ameaça terrorista e, mais recentemente, a pandemia de COVID-19 mostraram quão frágil pode ser a estrutura do espaço Schengen se a reintrodução dos controlos fronteiriços se tornar uma opção. No entanto, existe um amplo consenso de que o alargamento, combinado com precauções de segurança precisas, contribuirá para a estabilidade a longo prazo.
2. Oportunidades Económicas: Comércio, Investimento e Crescimento
No que diz respeito à economia, a expansão de Schengen promete oportunidades significativas. Por um lado, as barreiras fronteiriças serão reduzidas, o que deverá acelerar visivelmente o fluxo transfronteiriço de mercadorias. Os sectores de exportação e importação beneficiam particularmente disto. Com a eliminação dos morosos controlos fronteiriços, os prazos de entrega tornam-se mais curtos, as cadeias logísticas podem ser planeadas de forma mais eficiente e os princípios just-in-time tornam-se ainda mais importantes. Para as empresas, isto significa maior segurança no planeamento, o que também pode reduzir os custos de armazenamento e administração.
“Os prazos de entrega curtos são um fator competitivo crucial num mercado globalizado”, explica um importante especialista em logística. Se as passagens de fronteira dentro da Europa funcionarem melhor e, por exemplo, houver menos engarrafamentos nas passagens, isso aumentará a atractividade de toda a área económica. Os volumes de comércio aumentarão normalmente à medida que as barreiras nas fronteiras internas diminuem. Isto afecta tanto os sectores de bens como de serviços, uma vez que os prestadores de serviços podem operar mais facilmente além-fronteiras sem terem de temer obstáculos burocráticos.
Além disso, muitos analistas prevêem que o investimento directo estrangeiro na Bulgária e na Roménia aumentará como resultado da adesão a Schengen. “Locais com boas ligações em termos de transportes e que fazem parte de uma área económica aberta atraem literalmente empresas”, é uma afirmação frequentemente ouvida nos círculos empresariais. Para a Bulgária e a Roménia, o crescimento potencial do investimento direto significa não só mais fluxos de capital, mas também a transferência de know-how e tecnologia. Este processo pode contribuir para um aumento sustentável do produto interno bruto e tornar toda a região mais competitiva.
Outra faceta é o setor do turismo. Graças à liberdade de viajar no espaço Schengen, os viajantes de outros países da UE e estados associados poderão circular na Bulgária e na Roménia com ainda mais facilidade no futuro, sem passar por controlos fronteiriços. Isto tem efeitos diretos na indústria hoteleira, nos restaurantes e nos fornecedores de lazer no local. “As fronteiras abertas são um modelo de sucesso para o turismo europeu”, é o que os círculos industriais dizem repetidamente. Neste sentido, tanto a Bulgária como a Roménia investiram fortemente na expansão das suas infra-estruturas turísticas nos últimos anos - seja na costa do Mar Negro ou nas grandes cidades que têm destaques culturais para oferecer.
3. Impacto na logística: Rotas de transporte aceleradas e novos corredores
As mudanças no setor de logística são particularmente claras. Desde a década de 2000, a Bulgária e a Roménia estabeleceram-se como pontos de transporte e transbordo estrategicamente importantes na Europa. A Bulgária constitui uma ligação importante entre o Sul da Europa, a Turquia e o Médio Oriente, enquanto a Roménia, graças à sua localização geográfica, molda tanto a região do Danúbio como a região do Mar Negro. Os corredores de transporte comuns, por exemplo ao longo do Danúbio, contribuem significativamente para uma ligação mais estreita da Europa.
Com a abolição dos controlos fronteiriços nas fronteiras internas, o tempo necessário para o transporte de mercadorias diminui consideravelmente. “Cada hora que os camiões poupam na fronteira compensa diretamente na redução dos custos logísticos”, sublinha um representante de uma grande empresa de transitários. De facto, no passado houve queixas sobre tempos de espera que duraram horas ou mesmo dias em vários postos fronteiriços. Se estes tempos de espera forem agora significativamente reduzidos, a frequência de entrega também poderá, na melhor das hipóteses, ser aumentada. Isto é particularmente interessante para conceitos just-in-time, que exigem uma entrega contínua e oportuna de mercadorias nos processos de produção e distribuição.
Outro efeito é um melhor planejamento. Quando as empresas já não têm de se preocupar com engarrafamentos fronteiriços imprevistos que perturbam as suas cadeias de abastecimento, podem operar a mais longo prazo e com menos cálculos de reserva de tempo. Isto, por sua vez, alivia a carga de armazenamento. Muitas empresas assumem, portanto, que podem reduzir os seus inventários e, assim, poupar custos. Ao mesmo tempo, o espaço de armazenamento está sendo melhor utilizado, o que aumenta a necessidade de conceitos complexos de distribuição e logística.
4. Intralogística e otimização dos fluxos de materiais
A intralogística, ou seja, aqueles processos que ocorrem dentro de uma empresa ou unidade operacional, estão se tornando cada vez mais importantes neste contexto. A intralogística trata da organização, controle e otimização dos fluxos internos de materiais e mercadorias. Quando os processos de entrega externa se tornam mais estáveis e rápidos, surgem novas oportunidades para as empresas de produção adaptarem a sua logística interna. “As empresas podem confiar cada vez mais em conceitos de produção enxuta através de entregas confiáveis e mais rápidas”, explica um especialista em gestão da cadeia de suprimentos.
Lean Manufacturing ou produção enxuta significa que o material não é produzido e armazenado em estoque, mas só chega no momento em que é realmente necessário. Isto economiza custos porque é necessário menos espaço de armazenamento e o capital não fica desnecessariamente vinculado a produtos intermediários armazenados. Muitas empresas veem, portanto, a entrada da Bulgária e da Roménia no espaço Schengen como uma oportunidade para expandir os seus princípios just-in-time e para operar em redes estreitas com os seus fornecedores.
No entanto, este desenvolvimento também traz consigo desafios: “Qualquer pessoa que produza uma produção mais enxuta deve poder contar com a maior confiabilidade possível na rede de entrega”, afirma um especialista em logística que trabalha para uma empresa internacional de engenharia mecânica. Mesmo pequenas perturbações num centro de transportes ou atrasos imprevistos nas fronteiras externas podem levar a problemas significativos ao longo da produção. A este respeito, para muitas empresas, garantir um ambiente logístico estável e bem desenvolvido é um requisito básico para utilizar todo o potencial da expansão de Schengen.
5. Infraestruturas na Bulgária e na Roménia: desafios e planos de expansão
Embora nos últimos anos tenham sido implementados vários projetos de infraestruturas na Bulgária e na Roménia, continuam a existir défices que afetam a eficiência das rotas de transporte. Muitas rotas de trânsito, especialmente na rede rodoviária, ainda não estão totalmente concebidas para fazer face ao aumento do volume de tráfego. São também necessárias maiores capacidades no transporte ferroviário, a fim de explorar o potencial do transporte transfronteiriço de mercadorias.
Um ponto central é a passagem fronteiriça entre Giurgiu (Roménia) e Ruse (Bulgária) através do Danúbio, que é considerada um ponto de estrangulamento e foi frequentemente afetada por engarrafamentos. No entanto, a adesão iminente ao espaço Schengen é acompanhada pela expectativa de que investimentos significativos fluirão para a modernização destes estrangulamentos. “Esperamos firmemente que os Estados-membros trabalhem ainda mais para expandir as rotas de trânsito assim que a Bulgária e a Roménia fizerem parte do espaço Schengen”, disse um planeador de transportes.
Os especialistas salientam também que a Roménia é uma importante porta de entrada para o Mar Negro. Os grandes portos marítimos, como o de Constança, já desempenham um papel importante no transbordo de mercadorias que chegam à Europa provenientes de outras partes do mundo. Com melhores ligações ao resto do espaço Schengen, estes portos poderiam assumir uma percentagem ainda maior do tráfego de mercadorias europeu. Isto abre oportunidades adicionais de crescimento para indústrias relacionadas, como armazenamento, logística de contentores e serviços de manutenção.
Portos como Varna e Burgas também estão a tornar-se cada vez mais importantes na Bulgária, especialmente porque podem encurtar as rotas comerciais para a Turquia, o Médio Oriente e a Ásia Central. Já se podem observar tendências claras de que as empresas de logística búlgaras e romenas pretendem investir em tecnologias modernas e desenvolver-se em locais centrais. “A proximidade com o Mar Negro e a melhoria da ligação à Europa são dois factores-chave que levarão a um reposicionamento estratégico de ambos os países no longo prazo”, sublinha um gestor portuário.
6. Aspectos políticos e de política de segurança
Apesar de todas as vantagens económicas, as questões de segurança continuam a ser uma questão central no que diz respeito à adesão a Schengen. Por último, a UE exige que os Estados Schengen protejam adequadamente as suas fronteiras externas, a fim de combater eficazmente a migração indesejada e o crime organizado. No passado, a Bulgária, em particular, foi criticada porque o contrabando e a entrada ilegal ocorreram por vezes em grande escala. Ao mesmo tempo, ambos os países demonstraram que estão dispostos a proteger as suas fronteiras externas de acordo com as normas da UE.
“Especialmente em tempos de tensões geopolíticas, é importante controlar eficazmente as fronteiras externas do espaço Schengen sem restringir a liberdade de circulação internamente”, argumenta um representante do Ministério do Interior búlgaro. Nos últimos anos, com o apoio da UE, foram implementadas amplas medidas de modernização nos postos fronteiriços, os guardas de fronteira foram formados e foram introduzidos sistemas técnicos para realizar controlos biométricos, por exemplo. Devido à sua proximidade geográfica com o conflito na Ucrânia e no Mar Negro, a Roménia assumiu um papel central, com uma cooperação reforçada com os estados vizinhos.
Neste ponto torna-se claro que Schengen não é apenas uma união económica, mas também política. Só se os cidadãos dos Estados-Membros tiverem a sensação de que a segurança externa está garantida é que o consentimento para a abertura das fronteiras internas será mantido. “Seremos avaliados pela eficácia com que prevenimos atividades ilegais e, ao mesmo tempo, garantimos o fluxo de bens e pessoas legais”, disse um político da UE em Bruxelas. O seguinte aplica-se à Bulgária e à Roménia: a adesão ao espaço Schengen está associada a obrigações de segurança significativas.
7. Desafios para empresas e prestadores de serviços logísticos
As empresas que operam em ambos os países ou fazem entregas na região devem concentrar-se nos processos relevantes de transporte e logística. A eliminação dos controlos fronteiriços não conduz automaticamente a processos tranquilos, mas antes cria condições para uma ligação em rede acelerada. Os prestadores de serviços logísticos enfrentam a tarefa de reconfigurar as redes de rotas para que possam operar de forma rápida e eficiente no âmbito de Schengen no futuro.
“Já estamos a trabalhar no desenvolvimento de novos corredores de transporte que irão integrar melhor as instalações de produção búlgaras e romenas na nossa rede europeia”, explica um diretor-gerente de uma associação europeia de transitários. Mais do que nunca, os sistemas informáticos avançados, os sistemas de rastreio e os procedimentos aduaneiros digitalizados desempenham um papel importante. Mesmo que os controlos aduaneiros tradicionais nas fronteiras internas já não sejam exigidos como resultado da adesão a Schengen, continuam a existir determinados requisitos de documentação e controlos de segurança, especialmente quando as mercadorias são importadas de fora da UE ou de países não Schengen.
Além de optimizar as rotas de transporte, será importante que as empresas adaptem os seus sistemas de armazenamento e distribuição para acomodar o espaço Schengen alargado. Como resultado, alguns centros de distribuição regionais podem deslocar-se para o interior, enquanto outros em locais próximos da fronteira podem fechar ou fundir-se. Isto envolve frequentemente a questão de saber onde estão as melhores ligações de transporte e como a proximidade dos locais de produção e dos mercados de vendas pode ser organizada da forma mais sensata.
8. Potencial para emprego e movimentos laborais
Para além dos aspectos económicos e logísticos, a adesão a Schengen também tem impacto no mercado de trabalho. Muitas pessoas já se deslocam entre países vizinhos para trabalhar noutro país. A Bulgária e a Roménia estarão ainda mais inseridas no mercado de trabalho europeu no futuro. A liberdade de circulação permite que trabalhadores qualificados se estabeleçam nos novos países Schengen num curto espaço de tempo ou realizem aí projectos temporários. As empresas que procuram desesperadamente pessoal qualificado beneficiam disto.
“Especialmente nos sectores da logística e da construção, bem como no sector das TI, o afluxo de trabalhadores qualificados de outros países da UE poderia ser uma verdadeira vantagem de localização para a Bulgária e a Roménia”, é uma avaliação de especialistas em recursos humanos. Contudo, uma mobilidade laboral mais intensa também pode aumentar a pressão sobre os mercados de trabalho nacionais. Por outro lado, a população da Bulgária e da Roménia tem a oportunidade de trabalhar mais facilmente noutros países da UE, sem ter de passar por longos procedimentos de visto. Contudo, este efeito de fuga de cérebros é visto de forma crítica em alguns locais, uma vez que trabalhadores altamente qualificados podem ser retirados do mercado interno.
As influências culturais que influenciam a vida profissional quotidiana não devem ser subestimadas. A maior colaboração entre funcionários de diferentes nações promove um ambiente internacional em muitas indústrias que promove a criatividade e a inovação. Ao mesmo tempo, a maior mistura de culturas exige competências interculturais e abertura. Muitas empresas já introduziram programas especiais de formação para preparar os funcionários para trabalhar em equipas multiculturais.
9. Sustentabilidade e perspectivas ecológicas
Outro ponto que ganha cada vez mais destaque é a questão da sustentabilidade. A adesão da Bulgária e da Roménia a Schengen poderá levar a uma deslocalização dos fluxos de abastecimento dentro da Europa. Os prazos de entrega mais curtos e as rotas mais eficientes possibilitadas pela redução dos tempos de espera nas fronteiras podem ajudar a reduzir a carga sobre o ambiente se o transporte ocorrer sem desvios desnecessários ou tempo ocioso.
Ao mesmo tempo, porém, existe o risco de que o aumento do transporte de mercadorias por terra conduza a um aumento das emissões de CO₂ se meios de transporte ecológicos, como o transporte ferroviário ou o transporte terrestre, não forem utilizados ao mesmo tempo. “Será um grande desafio transferir as crescentes necessidades de transporte na Bulgária e na Roménia para modos de transporte sustentáveis”, alerta um especialista em sustentabilidade. Possíveis projetos de expansão da infraestrutura ferroviária desempenham aqui um papel crucial, tal como os conceitos de financiamento para o transporte combinado (por exemplo, comboios de camiões que percorrem parte do percurso por via férrea).
Neste contexto, a navegação do Danúbio e os portos do Mar Negro, em particular, oferecem oportunidades de transporte de algumas mercadorias não por estrada, mas por vias navegáveis. Isto poderia reduzir as emissões e, ao mesmo tempo, aliviar a pressão sobre a rede rodoviária. Se sistemas inteligentes de gestão de tráfego forem introduzidos em paralelo e conceitos logísticos modernos forem implementados, a expansão de Schengen tem o potencial de definir o rumo para um panorama de transportes mais sustentável no sudeste da Europa.
10. Lições tiradas de crises anteriores: Estabilidade do espaço Schengen
O espaço Schengen foi submetido a vários testes de resistência nos últimos anos. A reintrodução temporária de controlos nas fronteiras internas em alguns Estados, por exemplo em resposta a ataques terroristas ou situações de pandemia, levantou dúvidas sobre a estabilidade do sistema. No entanto, existe um consenso generalizado de que Schengen é uma pedra angular da integração europeia e oferece enormes vantagens em tempos de paz. “As fronteiras abertas não podem ser consideradas garantidas; devem ser ativamente mantidas e defendidas”, é frequentemente dito em discursos de políticos europeus.
A admissão da Bulgária e da Roménia poderá ser um sinal de confiança no futuro do espaço Schengen. Ao optar por uma maior abertura e pela inclusão de mais países, sublinha também que não está preparado para abandonar Schengen ao primeiro sinal de crise. Em vez disso, enfatiza que os Estados devem trabalhar em estreita colaboração para superarem juntos os desafios externos.
Ao mesmo tempo, a Bulgária e a Roménia têm a tarefa de provar continuamente que são parceiros fiáveis. “Se estes dois países provarem que podem participar a nível europeu e também cumprir os requisitos da política de segurança, isso fortalecerá toda a associação”, acrescenta outro observador. A adesão ao espaço Schengen está, portanto, intimamente ligada à aspiração de pôr em prática valores europeus como a solidariedade, a cooperação e a responsabilidade.
11. Perspectivas futuras e possíveis expansões
Depois da Bulgária e da Roménia terem sido admitidas no espaço Schengen, muitas pessoas politicamente interessadas interrogam-se se o espaço Schengen se irá expandir ainda mais num futuro próximo ou distante. A Croácia já faz parte do espaço Schengen, outros países como Chipre ou a Irlanda enfrentam regulamentações especiais ou já têm exceções. O alargamento da UE, em geral, conduz repetidamente a discussões sobre a adesão a Schengen de novos países candidatos, por exemplo, dos Balcãs Ocidentais.
“Um espaço Schengen alargado seria uma grande oportunidade para tornar o mercado interno europeu ainda mais forte e para consolidar ainda mais a ideia de liberdade de circulação”, avalia um cientista político. No entanto, existem também preocupações de que o espaço Schengen possa ser expandido demasiado rapidamente sem que todos os países candidatos cumpram os requisitos técnicos e jurídicos. O debate sobre a protecção das fronteiras, a luta contra o crime e a gestão da migração deverá continuar enquanto a Europa for confrontada com questões de segurança e coesão.
Em qualquer caso, a prioridade para o futuro próximo é a adesão da Bulgária e da Roménia em 1 de Janeiro de 2025. Os especialistas esperam que esta data não traga apenas mudanças económicas, mas também tenha um significado simbólico: o processo de alargamento avançará visivelmente, apesar de algumas controvérsias e atrasos do passado.
12. Reforçar o mercado interno europeu
A adesão da Bulgária e da Roménia ao espaço Schengen em 1 de janeiro de 2025 abre inúmeras oportunidades e leva a integração europeia a um novo nível. Ambos os países são actores económicos importantes no Sudeste da Europa e já ganharam importância económica nos últimos anos. Ao abolir os controlos fronteiriços nas fronteiras internas, a circulação de mercadorias e pessoas na Europa será ainda mais acelerada, o que se refletirá principalmente em custos de transporte mais baratos, cadeias de abastecimento otimizadas e melhores oportunidades para conceitos just-in-time.
“A adesão de ambos os países ao espaço Schengen é um sinal de que a Europa se está a unir para fortalecer o mercado interno e defender valores comuns”, disse um representante da Comissão Europeia. Ao mesmo tempo, o alargamento coloca desafios: as infra-estruturas na Bulgária e na Roménia necessitam de alguma modernização e existem grandes expectativas quanto ao desempenho de ambos os Estados em termos de segurança fronteiriça e de combate à criminalidade.
As empresas de logística que reagirem cedo e adaptarem as suas redes de transporte estarão provavelmente entre as vencedoras. As empresas que realinharem as suas estruturas de produção e armazenamento com vista a rotas de entrega mais curtas e tempos de transporte mais fiáveis também serão beneficiadas. Não só a grande indústria, mas também as médias e pequenas empresas podem beneficiar, a longo prazo, do acesso simplificado aos mercados do Sudeste Europeu. Os benefícios vão desde a redução dos custos de armazenamento, passando pelo transporte facilitado, até novos empregos no sector da logística e dos transportes.
Tendo em conta a evolução global, um espaço Schengen aberto, mas bem protegido, está a tornar-se cada vez mais importante para consolidar a Europa como local de negócios. Os decisores políticos estão conscientes da responsabilidade de Schengen não ser apenas uma conquista económica, mas também um símbolo de liberdade dentro da UE.
Sem dúvida, a integração dos dois países continuará a ser um processo que continuará após 1 de Janeiro de 2025. As medidas para modernizar estradas, pontes, caminhos-de-ferro e portos não serão concluídas da noite para o dia. Mas a perspectiva de mais comércio, mais investimento, mais mobilidade laboral e um mercado interno mais forte motiva todas as partes a encararem a adesão a Schengen como uma oportunidade. Além disso, é um convite a toda a UE para aprofundar a cooperação e encontrar respostas comuns para os desafios do século XXI.
As experiências dos últimos anos, especialmente em tempos de crises globais, mostraram que a coesão dentro da União Europeia é continuamente posta à prova. Mas é precisamente por isso que as instituições e os Estados-Membros confiam fortemente na ideia de Schengen, que molda a vida quotidiana de milhões de europeus e mantém o mercado interno unido. Com a Bulgária e a Roménia como novos membros, está a crescer uma área de fronteiras abertas, impulsionando a integração na Europa Central e do Sudeste e elevando o intercâmbio económico a um novo nível.
“Schengen é um coração da Europa que respira liberdade”, é uma frase frequentemente citada de um antigo Presidente da Comissão. A inclusão da Bulgária e da Roménia neste grupo sublinha que a liberdade de circulação continuará e até será alargada, ao mesmo tempo que existe um compromisso com uma segurança fiável nas fronteiras externas. Para as empresas, os consumidores e os políticos, isto significa uma partida para novas possibilidades, mas também um mandato claro para criar as condições de enquadramento necessárias para a sua realização.
Este desenvolvimento moldará significativamente a direção da indústria europeia de logística e transportes nos próximos anos. Prevê-se que a inovação aumente em muitas áreas estratégicas – desde armazéns automatizados a sistemas informáticos melhorados nas cadeias de abastecimento e projetos de infraestruturas transfronteiriços. A Bulgária e a Roménia, em particular, podem tornar-se centros ainda mais fortes no intercâmbio europeu de mercadorias.
A adesão de ambos os países ao espaço Schengen representa uma situação vantajosa para todos: o Sudeste da Europa estará mais estreitamente ligado ao resto da UE, o desempenho económico aumentará e a atractividade do mercado interno aumentará. Ao mesmo tempo, as empresas que já operam localmente ou que pretendem expandir os seus negócios lá beneficiam de melhores condições. A população local também recebe novas oportunidades no mercado de trabalho. No que diz respeito ao alargamento de Schengen, este é, em última análise, um alicerce de um grande mosaico europeu no qual a visão de fronteiras abertas e de um mercado interno próspero deverá conduzir a uma maior prosperidade e intercâmbio.
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